Quinta-Feira, 14 de Abril de 2016, 10h35
OPERAÇÃO ARARATH
Juiz nega absolvição de sobrinho de Maggi que teve empréstimo pago por empresário
Samuel Maggi chegou a ser dono de revista que emprestou no Bic
Da Redação
O juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, negou a absolvição sumária do empresário Samuel Maggi Locks, acusado de lavagem de dinheiro num dos processos da “Operação Ararath”. A decisão ocorreu nesta quarta-feira.
De acordo com a denúncia, o sobrinho do republicano pegou empréstimo de junto ao Bic Banco e repassou ao grupo político que comandava o Estado. O dinheiro foi repassado para quitar dívidas da campanha de 2010.
O valor, segundo o Ministério Público Federal, foi pago pela construtora Lince Incorporadora que prestou serviços ao Governo do Estado. Em seu pedido de absolvição, o empresário alegou que não tinha conhecimento da origem do dinheiro utilizado para pagamento do empréstimo.
No entanto, suas alegações foram refutadas pelo magistrado. Schneider considerou que os argumentos utilizados pela defesa do empresário não foram cabíveis de absolvição sumária.
Ele citou que é necessário que seja provada a inocência no transcorrer da ação penal. Relatório da Polícia Federal incluído nas investigações da Operação Ararath indicam que a Lince Construtora e Incorporadora Ltda pagou empréstimos contraídos no Bic Banco pelo empresário Samuel Maggi Locks, sobrinho do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).
A quantia corresponde a R$ 1,150 milhão e a suspeita é que tenha sido praticada lavagem de dinheiro com doações de campanha para candidatos na campanha eleitoral de 2010. O dinheiro foi contraído no Bic Banco pela empresa SML Comunicação, fundada em 23 de maio de 2006 que tinha como sócios Thaiana Maggi Locks e Samuel Maggi Locks. Em 2007, assumiu o nome fantasia de Revista Ótima e tinha como atividade edição e impressão de revistas.
O dinheiro sacado no banco era repassado integralmente a alguns representantes do grupo político de Blairo Maggi e também do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Ao final, o governo de Mato Grosso quitava a dívida com os bancos.
O dinheiro movimentado no esquema clandestino serviu para pagar propinas a autoridades, comprar sentenças judiciais, abastecer caixa 2 de campanha eleitoral e até comprar uma vaga de conselheiro do TCE. As quantias de dinheiro contraídas pela SML Comunicação giravam em torno de R$ 120 mil a R$ 160 mil. Na última transação financeira que correspondeu a uma liberação de R$ 400 mil em favor da SML Comunicação, o ofício da Secom encaminhado ao Bic Banco recebeu assinatura do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, apontado pela PF como chefe do esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente até R$ 500 milhões em Mato Grosso.
eduardo | 14/04/2016 14:02:45
batendo em todo mundo e condenando se culpado,,,cadeia para is fdp
Dr. Honoris Causa | 14/04/2016 14:02:17
E agora, o PALADINO DA JUSTIÇA vai continuar chamando aos outros de corruptos??????? O pau que bate em chico, tem que bater em FRANCISCO....
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