Política

Sábado, 08 de Setembro de 2018, 19h28

REGISTRO EM RISCO

MP cita decisão do TRE e quer barrar candidatura de apresentador de TV a Assembleia

Procuradora destaca que em agosto corte tornou Jajah Neves inelegível por oito anos

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A Procuradoria Regional Eleitoral pediu o indeferimento da candidatura do suplente e pré-candidato a deputado estadual nas eleições de 2018, Jajah Neves (Solidariedade). A representação cita a condenação sofrida por Jajah no dia 22 de agosto deste ano, que o declarou inelegível pelos próximos 8 anos.

Ele teria cedido sua imagem num "santinho" confeccionado pelo próprio irmão, o vereador de Várzea Grande Ademar Jajah (PSDB), nas eleições de 2016. Porém, o material gráfico trazia o número de Ademar e não de Jajah Neves, que não disputou cargos no município naquelas eleições.

O pedido de indeferimento é assinado pela Procuradora Regional Eleitoral, Cristina Nascimento de Melo. “Como é de conhecimento público e notório, o órgão plural desse egrégio TRE, em sessão plenária, reconheceu a prática de abuso de poder de responsabilidade do senhor Ueiner Neves de Freitas e de seu irmão Ademar Freitas Filho. Diante do exposto, o Ministério Público Eleitoral requer que seja indeferido o pedido de registro de candidatura de Ueiner Neves De Freitas”, diz trecho da pedido.

Em despacho proferido na última quinta-feira (6) o juiz Antônio Peleja Júnior deu 7 dias para que Jajah Neves apresente sua defesa. De acordo com a ação que condenou Jajah Neves o então candidato a vereador de Várzea Grande, Ademar Jajah, distribuiu santinhos com seu número – contendo, no entanto, apenas a  imagem de seu irmão, o suplente a deputado estadual e apresentador de televisão Jajah Neves. 

A ação também narra que ambos teriam utilizado slogans semelhantes – Jajah Neves em 2014, então candidato a deputado estadual, com “O deputado do povo – Fé e Coragem” e Ademar Jajah, cujo mote nas eleições de 2016 era “Vereador do povo – Fé e Coragem”. O processo também descreve o crime de abuso de poder econômico praticado pelo irmão do deputado estadual, que teria declarado gastos da ordem de R$ 104.201,92 mil.

Ou seja, 27% a mais do que o teto estabelecido pela Justiça Eleitoral. “Sustenta o Autor que, visando tirar proveito político desse contexto, Ademar Freitas, irmão de Jajah Neves, utilizou apelido similar e passou a ser conhecido como Ademar Jajah, a fim de se aproveitar da notoriedade e dos meios de comunicação do seu irmão para se eleger Vereador neste Município de Várzea Grande”, diz trecho dos autos.

Jajah Neves chegou a atuar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) em 2016 e 2018. Ele não é titular de nenhum cargo eletivo e atuava como apresentador de televisão.

Comentários (8)

  • Daniel |  09/09/2018 10:10:50

    Acho que deveria ter uma lei proibindo apresentador de rádio e televisão, eles usam à máquina " comunicação" para ser promovido, e os eleitores deveriam exclui-los de suas intenções de votos, os apresentadores por terem espaços todos os dias tiram a oportunidade de quem realmente tem proposta para sociedade.

  • Arlequina Indelicada |  09/09/2018 09:09:09

    Dedo do Taques só porque Jajah está com MM.

  • Jose Almeida |  09/09/2018 06:06:41

    Materia, afirma que teria usado imagem do apresentador? Incoerência, pura! As informações precisa ser Clara, o Jajah utilizou sim a imagem dele em benefício do próprio irmão fato já provado! A população e principalmente os eleitores de V.Grande precisa estar ciente que todo risco é Calculado! As eleições esta logo aí, 07/10/18, vamos checar se todos aprenderam a votar ou ficar puro e simplesmente com cara de paisagem até 2022!

  • Ricardo  |  09/09/2018 06:06:32

    TRE por favor tira esse mala da disputa e afasta seu irmão da Câmara Municipal de VG

  • Gilmar  |  08/09/2018 21:09:46

    Na verdade deveria ser proibido esses malas que usam a tv para se promover e enganar o povo humilde .

  • Observadora do Futuro  |  08/09/2018 21:09:41

    Graças a Deus!

  • Gilmar |  08/09/2018 21:09:04

    Não da para entender a justica eleitoral, para mim esse cidadão já estava inelegível faz tempo.

  • Taques |  08/09/2018 19:07:53

    Ser politico e bom não trabalha e fica rico...compensa comprar votos....das gasolina para o povo burro adesivar carros...compensa dar R$100 reais para colocar fotos pregado nos portões....em muro...gasta 50 mil fazendo isso após eleito em tres dias recupera....e o povo nada pode cobrar...ganhou a gasolina....recebeu os cem reais...no DISTRITO DE ALDEIA CIDADE DE ACIRIZAL 6 LITROS DE GASOLINA PARA ADESIVAR NILSON LEITÃO....TODA SEGUNDA FEIRA 6 LITROS DE GASOLINA....E TEM GENTE QUE BRIGA PARA ADESIVAR....SER POLÃTICO E MUITO BOM....NADA FAZ E FICA RICO RAPIDAMENTE E NADA ACONTECE...

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