Prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), pediu que a Câmara de Várzea Grande tenha “cautela” com a análise do polêmico projeto de resolução que pretende proibir a gravação das sessões da Câmara Municipal. A proposta teve sua votação adiada nesta terça-feira (13) após um pedido de vista do vereador Samir Katumata (PL), líder do Executivo na Casa.
Ao ser questionada sobre a proposta polêmica, a gestora defendeu a independência do Legislativo, mas destacou que é preciso cautela na análise do projeto.

“Temos que deixar a Câmara decidir, eles são independentes. A gente não pode interferir na votação deles, mas eles têm que analisar bem isso”, afirmou a prefeita durante a retirada de radares na Avenida Dom Orlando Chaves.

A proposta polêmica, apresentada por um grupo de vereadores, trata da proibição do porte de armas no plenário, mas o que mais chama atenção é o artigo que veta o uso de celulares ou outros dispositivos de gravação no plenário.

Diante disso, a liberal ressaltou que a medida pode confrontar a liberdade de expressão. “Hoje, a imprensa, os meios de comunicação… Constitucionalmente, nós temos liberdade de expressão. Temos que tomar muito cuidado ao analisar um projeto de lei como esse”, ponderou.

Por fim, Flávia também criticou a junção de temas distintos no mesmo texto legislativo, apontando que a proposta mistura a restrição de celulares com a proibição do porte de armas no plenário. “Misturaram dois setores numa lei só. Entendo que deveriam ser separados e analisados de forma individual”, avaliou.