Política

Domingo, 29 de Junho de 2025, 14h19

DECRETO DE CALAMIDADE

Prefeito estima economia de R$ 340 milhões em 6 meses

Assinado em janeiro, a medida permitia a revisão de contratos

FRED MORAES E MARIANA DA SILVA

Gazeta Digital

 

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), estima que até a próxima semana o Executivo alcance uma economia de mais de R$ 340 milhões, ao longo dos 6 primeiros meses de administração e em vigor o decreto de calamidade financeira. Assinado em janeiro, a medida permitia a revisão de contratos com os fornecedores e cortes para contenção de despesas visando o controle das finanças públicas.

Abilio explicou que até os 100 primeiros dias do decreto, a economia resultante das análises perante decreto ultrapassava os R$ 138 milhões. Agora, acredita que até o dia 1º de julho, quando o decreto será revogado, o montante chegue a R$ 340 milhões. No entanto, destacou que o valor alcançado nas economias não está diretamente no caixa da prefeitura, como um recurso “de sobra”.

“Quando a gente começou a economizar, por exemplo, os R$ 138 milhões, não são o que sobrou. É o que a gente conseguiu abater dentro da dívida do município A nossa meta agora é alcançar os R$ 340 milhões nos 6 meses, mas não de dinheiro em caixa e sim em economia. A gente vai apresentar isso na conclusão do decreto de calamidade, que deve concluir agora dia 1º ou dia 2º de julho, se eu não me engano”, anunciou essa semana.

Apesar dos reajustes, o chefe do Executivo alertou que Cuiabá segue com dívidas milionárias. “A gente ainda está em déficit. Nós tínhamos no início do ano uma previsão de dívida desse ano, que a gente recebeu, de 700 milhões a curto prazo. Então, R$ 700 milhões é o que a gente está devendo”, pontuou.

O decreto

Assinado em 3 de janeiro, o decreto de calamidade financeira foi motivado pelo crescimento da dívida do município nos últimos 8 anos.

A atual equipe econômica identificou que, no período de 2017 a 2024, as despesas da Prefeitura de Cuiabá tiveram aumento de 135% enquanto a entrada de dinheiro nos cofres públicos, no mesmo período, cresceu 115%.

O decreto também traz que a capacidade de arrecadação era insuficiente para honrar as despesas, uma vez que, foi identificado, ainda na fase de transição, déficits financeiros acumulados na ordem de R$ 518 milhões, além de despesas de R$ 369 milhões que não tiveram, pela gestão anterior, a devida reserva para quitação dos pagamentos.

Em abril, durante uma coletiva sobre os primeiros 100 dias de mandato, Abilio anunciou junto a secretária de Assuntos Estratégicos e Comissão de Renegociação e Revisão de Contratos, a economia de R$ 138 milhões em contratos públicos, resultado da revisão, renegociação e cancelou centenas de contratos firmados em gestões anteriores.

A equipe inicialmente recebeu 700 contratos, mas após convocar todas as pastas, o total chegou a 1.030. Destes, 880 estavam vigentes e foram criteriosamente avaliados. Dos contratos analisados, 386 passaram por algum tipo de intervenção.

Comentários (1)

  • ana |  29/06/2025 15:03:56

    pra economizar mais ainda precisa cobrar que os concursados batam ponto somente no local de trabalho, descontar as faltas e por ai vai. sera que não teve chefe que não trabalhou quarta, quinta e sexta no ultimo feriadão? sera que todos estão cumprindo as 8 horas diarias ou chefe pode chegar e sair a hora que quiser?

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