Política

Domingo, 22 de Maio de 2016, 01h02

CLÃ BARBOSA

STJ vê "provas cabais" para manter ex-governador e filho presos

Silval e Rodrigo estão detidos preventivamente no CCC

RAFAEL COSTA

Da Redação

 

Ao rejeitar o pedido de liminar em habeas corpus protocolado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e também pelo médico e empresário Rodrigo Barbosa, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha Palheiro, ressaltou que a decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, se subsidiou em fortes provas colhidas pela Polícia Civil na investigação da "Operação Sodoma", o que justifica a manutenção da prisão preventiva.

“O decreto preventivo deixa claro que o ora paciente faria parte de organização criminosa, chefiada pelo então Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, de quem o ora paciente, Rodrigo, é filho”, diz um dos trechos. 

Ao ressaltar que Rodrigo Barbosa seria um dos membros da cúpula da organização criminosa, o ministro citou que Rodrigo Barbosa ainda explorava o prestígio de ser filho do ex-governador para receber vantagens indevidas. “Consta do decreto preventivo que o ora paciente "se utilizava do status de filho do Governador para emanar ordens, especialmente visando o recebimento de propinas”, completou.

Um dos motivos para indeferir o pedido de liminar é que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda não julgou o mérito do habeas corpus, oportunidade em que poderá se debruçar a respeito da argumentação da impetração e as provas juntadas aos autos. “Sem isso, fica esta Corte impedida de analisar o alegado constrangimento ilegal, sob pena de incorrer em indevida supressão de instância e incidir em patente desprestígio às instâncias ordinárias”, justificou.

O ex-governador Silval Barbosa está preso desde o dia 17 de setembro. Naquela ocasião, pesou a acusação de chefiar um esquema de cobrança de propina para conceder incentivos fiscais a empresas privadas no período em que exerceu o mandato. Outras duas prisões vieram a ser decretadas, mas, atualmente, o peemedebista segue detido por conta da acusação de receber propina mensal de R$ 500 mil a R$ 700 mil da Consignum para manter o contrato da empresa junto ao governo do Estado.

Já Rodrigo Barbosa, foi preso preventivamente pela acusação de receber propina de empresas que mantinham contratos com o governo do Estado e atuar como arrecadador de dinheiro da organização criminosa. 

Comentários (1)

  • CUIABANO INDIGNADO |  22/05/2016 21:09:26

    CADEIA NELES E FAZER DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO

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