5 testemunhas de acusação foram interrogadas em júri contra o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, realizado nesta terça-feira (8), no Fórum de Cuiabá. Estão marcados mais 5 depoimentos para a tarde, desta vez da defesa do réu que é acusado de balear um jovem, em 2018. A previsão é que a sessão de julgamento termine por volta das 19h.
Hoje, o PM está preso pelo homicídio da esposa Gabrieli Daniel de Souza,31, na casa em que moravam, em Cuiabá. O crime foi registrado em 25 de maio e o julgamento desta terça é referente ao crime de 2018, do qual a mulher foi testemunha. A sessão foi transmitida com limitações pelo Tribunal de Justiça e o rosto do réu preservado.
A princípio, o Tribunal do Júri estava marcado para ser realizado em 28 de maio, porém, a troca de defesa do acusado fez com que fosse adiado. Neste período, o advogado do réu ainda tentou remanejar o julgamento para outra comarca, sob alegação de que a forte comoção popular pudesse influenciar na sentença. O pedido foi negado pelo juízo.
Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento conduzido pelo juiz Lawrence Pereira Midon faz parte do Programa Mais Júri da Corregedoria-Geral da Justiça do TJMT. Até a segunda-feira (7), 63 júris foram realizados em Cuiabá e outros 43 foram realizados em Porto Alegre do Norte.
O caso
Conforme denúncia, no dia 23 de junho de 2018 o menor e outros dois amigos retornavam para casa, a pé, pela avenida General Melo, dando risadas e conversando, quando se depararam com um casal discutindo na rua, que se tratava do Ricker e sua namorada, que depois se tornou esposa.
Neste momento, o policial falou para os adolescentes: “o que vocês estão rindo? Vaza, vaza”. E na sequência, levantou a camisa e retirou uma arma de fogo da cintura. Com a ameaça, os adolescentes saíram correndo, e foram seguidos por Ricker.
Após correrem por alguns metros, a vítima percebeu que o policial parou e também parou de correr, momento em que o acusado atirou nele pelas costas, o atingindo na região glútea esquerda.
A vítima foi submetida a cirurgia de urgência e os ferimentos causados provocaram debilidade permanente na função urológica do jovem, que, atualmente, precisa de cateterismo para esvaziar a bexiga.
Joel
Terça-Feira, 08 de Julho de 2025, 19h15