Cidades Sexta-Feira, 04 de Dezembro de 2015, 17h:51 | Atualizado:

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Adolescentes do Pomeri recebem certificado após participar de curso

 

Da Redação

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Ocorreu na quinta-feira (03.12) o encerramento do “Projeto Descobrindo Vidas”, desenvolvido com adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo de Internação Masculina de Cuiabá. A solenidade foi realizada no Centro de Atendimento Socioeducativo de (Case), o Complexo Pomeri. Idealizado pelo Padre Jair Fante, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a inciativa propôs atividades diferenciadas ao longo de quatro meses, com 23 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. O grupo participou de oito encontros, onde receberam noções sobre três temas principais: família, sociedade e religião.

Desenvolvido em parceria com o Poder Judiciário e a Secretaria de Educação (Seduc), o projeto teve como objetivo preparar jovens em final de cumprimento do regime de internação para convivência familiar e comunitária, trabalhando temas relacionados a família, religiosidade, trabalho e saúde.

“O papel da família é fundamental no processo de reinserção social desses jovens. Percebemos uma receptividade muito positiva, levando a refletir sobre uma mudança nos três eixos: pessoa, sociedade e família”, disse a superintendente Anna Márcia Barbosa Cunha.

O secretário adjunto de Justiça, Luiz Fabrício Vieira Neto, citou o Estatuto da Criança e do Adolescente, que preconiza que todas as práticas educativas, esportivas, pedagógicas que visam recuperar o jovem, são políticas de segurança pública, pois querem evitar a continuidade e reincidência do cometimento de crimes. “Podemos e devemos considerar que a produção de verdades atribuída pelas ciências gera efeitos imediatos na constituição destes jovens; por isso precisamos colocar em prática políticas como esta, direcionadas para ressocialização, e que obedecem a um modelo de governo”.

As políticas públicas de ressocialização do jovem enfatizam a educação e a profissionalização como ferramentas importantes na construção deste novo indivíduo, ao qual devem ser dadas condições plenas de reestruturação psíquica e familiar e de reinserção social, por meio da compreensão individualizada e particularizada, a fim de resgatá-lo enquanto ser humano e sujeito.

“Em todos os casos a educação torna-se o meio mais viável de condicionar o adolescente a novas condutas que o levarão à reinserção social”, analisa o gestor da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), complementando: “as famílias desestruturadas figuram como principal impedimento da reestruturação do adolescente, contudo cada vez mais a justiça regula as condutas e comportamentos destes cidadãos, e tem cada vez mais trabalhado pela inclusão da autoridade parental, que tornou-se objeto de política pública e da economia política”.

Na solenidade de conclusão do projeto, autoridades acompanharam a entrega dos certificados aos adolescentes. Estiveram também presentes no evento o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Paulo da Cunha; gestora da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargadora Cleuci Chagas; da CNBB, o padre Jair Fante; da 2° Vara Especializada da Infância e Juventude, o juiz de Direito Túlio Duailibi, assim como os colaboradores e parceiros no desenvolvimento do projeto, além das famílias dos adolescentes participantes.

O presidente do TJ-MT, Paulo da Cunha, que o momento vivido hoje no Complexo Pomeri é de suma importância para o Judiciário mato-grossense. “Na nossa caminhada pela vida nós encontramos muitos obstáculos, muitas dificuldades, muitas pedras e espinhos, que muitas vezes nos machucam, nos ferem. É preciso sentar a beira do caminho, receber um curativo e seguir em frente. Vocês se acidentaram, receberam um curativo e estão aptos a continuar a caminhada. Vocês são importantes para nós”.

Ele ressaltou ainda que na vida o que vale, o que realmente importa, não é o ter, mas sim o ser. “O ser com dignidade é o que importa, o resto é ilusão de uma sociedade consumista. Vocês podem fazer a diferença, construir uma nova história de vida ao saírem daqui, não precisam fazer mais do mesmo. Vocês são criaturas de Deus e podem sim fazer a diferença”.

Padre Jair Fante disse que todos os parceiros foram extremamente solícitos, e aderiram ao projeto assim que tomaram ciência de seus objetivos. “O projeto trabalhou assuntos essenciais na formação de uma pessoa, como família e religião. Ver a mudança no rosto destes meninos, poder dar uma nova vida a eles é muito gratificante”.

 





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