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Cidades Quinta-Feira, 12 de Junho de 2025, 10h:37 | Atualizado:

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PASSEIO FATAL

Advogado enfrenta júri por morte de empresária no Lago do Manso

Servidor da Sema foi absolvido do crime de estupro

Da Redação

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Cleber Lagreca

 

O advogado Cleber Figueiredo Lagreca irá enfrentar o Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio triplamente qualificado por matar a empresária Elaine Stellato enquanto os dois passeavam de lancha no Lago do Manso, em 19 de outubro de 2023. Ele também será julgado por fraude processual.

O jurista foi absolvido da acusação de estupro. Decisão é do juiz Leonísio Salles, da 1ª Vara Criminal de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá).

“Com relação à autoria delituosa, averiguando os depoimentos colhidos em audiência, somado ao vasto material probatório, constato a existência de indícios suficientes a demonstrar que o réu foi o autor do crime de homicídio em face da vítima Elaine Stelatto Marques [...] De fato, pelos documentos – laudo e depoimentos das médicas peritas, relatando de que não foi um simples afogamento, como narrado pelo réu e sua defesa técnica, não há como ir por outro caminho a não ser pela pronúncia de Cleber Lagreca de Figueiredo”, determinou o magistrado.

Além de advogado, Lagreca era analista de meio ambiente na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). Elaine Stelatto Marques, de 45 anos, era empresária e morreu no dia 19 de outubro de 2023, no Lago do Manso, após sair do barco em movimento com uma corda amarrada na cintura e entrar na água. As informações policiais, preliminares, apontavam que ela teria perdido o equilíbrio devido às ondas e se afogado.

No boletim de ocorrência registrado sobre o desaparecimento da tia, uma sobrinha afirmou que Elaine Stelatto conheceu Cleber Lagreca por meio das redes sociais e começou a sair com ele. Naquele dia, a tia foi até o Lago do Manso às 10h45 com o advogado.

A sobrinha lembrou que a tia enviou uma foto do local para uma amiga e depois postou uma foto no Instagram por volta do meio-dia, em uma lancha. Elaine havia dito que voltaria para Cuiabá e buscaria o filho na escola às 18h, mas a avó materna acabou indo buscá-lo.

A sobrinha relatou ainda que Elaine não atendia ligações ou mensagens. À Polícia Civil, o jurista que estava com Elaine relatou que houve uma falha mecânica no motor do barco, que precisou ser rebocado, quando ocorreu a tragédia.

A perícia, no entanto, apontou múltiplas lesões no corpo de Elaine, que sugerem violência e sinais de asfixia mecânica, que é quando alguém é sufocado de forma física. Os resultados contradizem a versão do acusado. A prisão dele foi efetuada num hotel no bairro Alvorada, nas imediações da rodoviária de Cuiabá, em setembro de 2024, mais de um ano depois, quando ele se preparava para deixar a cidade.

Cleber foi indiciado com agravantes como motivo torpe, uso de asfixia, impossibilidade de defesa da vítima, feminicídio e violência doméstica. Ele foi denunciado por estupro, mas o juiz o absolveu dessa acusação. “A denúncia é improcedente neste ponto e o réu será impronunciado pelo crime de estupro. Não há menção nos documentos a outros vestígios que comprovariam materialmente o estupro, como por exemplo, a presença de material genético do acusado (sêmen) em quantidade ou local que inequivocamente indicasse uma relação sexual forçada e recente”, diz trecho.





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