Com greve que já dura 109 dias, os alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão entrando com processos administrativos para conseguir realizar a cerimônia de colação de grau durante a mobilização. A assessoria de imprensa da universidade informou que todos os pedidos estão sendo atendidos pela reitoria para colar grau durante a greve e que a UFMT criou um núcleo especifico que acompanha as demandas. Para conceder o pedido a pró-reitoria-acadêmica analisa se o estudante foi aprovado em todas as disciplinas.
No mês passado 12 alunos do curso de enfermagem conseguiram colar grau durante a greve. Os estudantes informaram que abriram 5 processos administrativos para conseguir a autorização. A estudante do 6º semestre de jornalismo, Ana Paula dos Santos, já contabiliza mais de R$ 2 mil em prejuízos com a paralisação. “Minha Família é de Sinop (500 km ao norte da capital) com o início da greve decidi ir para a casa dos meus pais para economizar mais mesmo assim continuo pagando R$ 700 de aluguel por mês sem utilizar.”
Esta é a segunda greve que a estudante enfrenta, a primeira foi em 2012 quando a UFMT ficou 126 dias sem aulas. Devido a esta instabilidade em relação à data de conclusão de curso que antes da greve era 2016/2 a turma de Ana Paula não planejou a festa de formatura temendo levar mais prejuízos com as paralisações. "Muitos alunos desistiram do curso devido aos atrasos das aulas com a greve. Hoje minha turma tem apenas 5 alunos regulares.”
A greve pode chegar ao fim na tarde desta quinta-feira (17) onde os professores realizam uma nova assembléia para decidir os rumos da mobilização.