Pelos próximos cinco meses, o delegado da Polícia Civil, Eduardo Botelho, ficará afastado da titularidade da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para realização de um curso em Brasília. Apesar de a licença ser oficializada no período em que foi representado na Corregedoria da Polícia Civil, acusado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de uso político da Deccor, Botelho já tinha sido escolhido em 2020 para fazer o curso, que a princípio estava marcado para fevereiro deste ano.
Ao FOLHAMAX, Eduardo Botelho explicou que delegados de Brasil inteiro fazem o curso anualmente, sendo escolhido um representante de cada Estado. A seleção de seu nome foi oficializada no dia 22 de dezembro do ano passado e o curso só está ocorrendo no atual momento por causa da piora da pandemia em fevereiro deste ano. “Não há co-relação entre a minha saída e a questão da representação que o Emanuel ofereceu contra mim. Foi uma mera coincidência de datas, mas co-relação não existe”, atestou o delegado.
A indicação do membro da Polícia Civil para fazer o Curso Superior de Inteligência Estratégica (CSIE) é feita pelo delegado geral da PJC e depois encaminhada para a Escola Superior de Guerra (ESG), ligada ao Ministério da Defesa.
Em anos anteriores, o curso era realizado no Rio de Janeiro, mas a partir deste ano ocorre em Brasília. O treinamento teve início nesta segunda-feira (28) com previsão de encerramento no dia 20 de novembro.
De Mato Grosso, segundo Eduardo Botelho, mais de 20 delegados já fizeram o curso em anos anteriores. A Deccor será comandada interinamente pelo José Ricardo Garcia Bruno até novembro quando encerra o curso e Botelho reassumirá a titularidade da delegacia especializada.
DENUNCIADO POR PREFEITO
No dia 22 deste mês o prefeito Emanuel Pinheiro divulgou uma extensa nota informando que buscou a corregedoria da Polícia Civil e fez uma representação contra o delegado Eduardo Botelho. Pinheiro acusa Botelho de persegui-lo com operações policiais que têm resultado em afastamentos de secretários de seu staff.
Emanuel Pinheiro acusou formalmente o delegado de agir para supostamente atender interesses do governador Mauro Mendes (DEM), seu desafeto político declarado.
O prefeito alegou que Botelho estaria utilizando a Deccor “para promover uma perseguição à gestão por motivação política, em razão do alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes, notadamente adversário político do prefeito da capital mato-grossense”.
Por sua vez, Eduardo Botelho não quis entrar no mérito da questão e ressaltou que tudo será esclarecido no momento oportuno e que ele está tranquilo quanto sua atuação enquanto titular da Deccor. “Aquele assunto já morreu, qualquer coisa que eu fale agora vai reacender, causar polêmica. Vou me manifestar através dos autos na corregedoria, mas estou com a consciência muito tranquila”, disse o delegado.
Raul
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 14h35Marte
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 13h48olho por olho
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 13h30Teka Almeida
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 12h51Pantanal em chamas
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 12h19Sikera J?nior terror dos ptebas
Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 12h17