Primeiro, o asfalto. Em seguida, pinta-se a sinalização horizontal. Logo após, cava-se uma série de buracos no mesmo asfalto para que seja possível instalar manilhas de drenagem.
Esta inusitada sequência construtiva foi empregada em um trecho de 900 metros da duplicação da avenida Archimedes Pereira Lima (Moinho), nas proximidades do trevo do Jardim Imperial. A obra, a cargo do consórcio formado pelas construtoras Trimec e Hytec, está orçada em R$ 23 milhões -dos quais 45,74% foram executados e medidos até o final de 2013.
A reportagem do Diário esteve no local e percorreu o trecho, que chegou a ser liberado provisoriamente ao tráfego no final do ano passado para que, segundo informou a Secopa à época, fosse possível recuperar a antiga pista da avenida.
Em duas semanas, porém, as más condições da nova pista, que logo apresentou buracos, rachaduras e afundamento, obrigaram a secretaria a determinar a interdição do tráfego no local.
O problema, de acordo com a secretaria, foi causado por uma "avaria na conexão do tubo de drenagem com o poço de visita". Uma falha no sistema de drenagem que provocou infiltrações de água em vários pontos do pavimento.
"A empresa responsável identificou o problema durante o desenvolvimento da obra e já está trabalhando na recuperação do mesmo. O pavimento também será recuperado", disse a secretaria, em nota.
Nesta semana, a secretaria atribuiu a infiltrações os danos verificados nos pavimentos recém-inaugurados nos acessos às novas pontes do Coophema e dos Eucaliptos, na região do Coxipó.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o secretário Pedro Nadaf (Casa Civil) disse que eventuais falhas nas obras são uma responsabilidade das empresas construtoras, que deverão arcar com os reparos por um prazo de cinco anos após a conclusão.
Roberto Junior
Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 11h03