Cidades Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 09h:38 | Atualizado:

Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 09h:38 | Atualizado:

CHACINA

Assassino de mãe e 3 filhas participa de júri por videochamada

 

FRED MORAES
Gazeta Digital

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

chacina sorriso-gilberto.jpg

 

O Fórum da comarca de Sorriso (420 km de Cuiabá) dá início nesta quinta-feira (07), ao julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos, o feminicida que assassinou Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10, em novembro de 2023. O réu não participará presencialmente do júri, a pedido da defesa, participando somente por videochamada, um direito resguardado pelo Judiciário. 

À imprensa, o juiz Rafael Deprá Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, explicou como se dará o julgamento. De acordo com o magistrado, dos 25 jurados selecionados entre cidadãos de diversos setores da sociedade, por meio de uma lista selecionada pelo Judiciário, apenas 7 serão escolhidos para formar o Conselho de Sentença. Os escolhidos e fazem um juramento de incomunicabilidade, ou seja, se comprometem a não conversar sobre o caso com ninguém. 

Após isso, dará início ao julgamento apresentando as provas dos crimes, ouvindo testemunhas e por fim, interrogação do réu. A acusação e a defesa apresentam seus argumentos. No caso mencionado, o Ministério Público tem 1h30, a Defesa mais 1h30, podendo haver réplica (mais 1h para a acusação) e tréplica (mais 1h para a defesa). 

Depois dos debates, o plenário é esvaziado, e os jurados se reúnem em uma sala secreta para votar "sim" ou "não" para os "quesitos", que são as perguntas sobre o crime. Com os votos, o juiz profere a sentença final.
O interrogatório do réu se dará por videoconferência, direto da sala passiva da unidade prisional em que se encontra, a pedido da defesa. O juiz reforçou que o direito é assegurado no Código do Processo Penal por considerar que o interrogatório uma peça de defesa e que o réu pode se recusar a comparecer ao julgamento. 

“O réu tem o direito ao silêncio, o direito de não participar, no caso, do fato. Então não se pode fazer a condução coercitiva do réu para o julgamento. A Defesa fez a petição para que ele participasse para o vídeo de conferência e como é um direito do réu, foi assistido a ele esse direito”, explicou. 

Por se tratar de processo que tramita em segredo de justiça (por envolver vítimas menores de idade), o acesso ao plenário é restrito às pessoas que trabalham diretamente com o caso, testemunhas, familiares das vítimas (previamente cadastrados), autoridades e alguns representantes da imprensa, mas com restrições de gravação de áudio e vídeo. 

O caso  

O crime aconteceu na madrugada de sexta (24) para sábado (25) de novembro de 2023, quando Gilberto Rodrigues dos Anjos, conforme já confessado, invadiu a casa das vítimas e cometeu os crimes. Os corpos foram encontrados somente na manhã do dia 27 de novembro de 2023, com diversos ferimentos no corpo e sinais de violência sexual, com exceção da menor de 10 anos.

Na época dos fatos, o réu trabalhava e morava em uma obra ao lado da residência das vítimas. O esposo e pai das vítimas viajava a trabalho, naquela ocasião. Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso pela Polícia Civil de Sorriso logo após os corpos terem sido descobertos, tendo confessado os crimes em depoimento.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet