Cidades Segunda-Feira, 03 de Agosto de 2015, 04h:17 | Atualizado:

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Bares privatizam ruas e calçadas em Cuiabá

 

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Ninguém, ou pouquíssimos, ousariam reclamar de marasmo na noite cuiabana. Aqui, a cidade se agita assim que o sol se põe. 

Nos bares e restaurantes das áreas nobres, os espaços, internos e externos, se tornam cada dia mais disputados. Mas em cidade que surgiu do garimpo, cresceu e tornou-se metrópole sem planejamento, os becos, ruas e calçadas estreitas eternizam conflitos em uma luta incessante por espaço. 

A “privatização” de vagas em vias públicas, por exemplo, virou moda há alguns anos em locais como Avenidas Getúlio Vargas, São Sebastião e Praça Popular. Assim como o uso das calçadas em diferentes pontos da cidade. 

E a delimitação de espaço, no caso das ruas com uso de cones, não está acontecendo mais somente à noite. Quem trabalha ou mora próximo dessas regiões reclama da dificuldade de estacionar também em horário comercial. 

Funcionária em uma empresa vizinha da Praça Popular, Maria Clara Pereira de Souza Araújo, 31 anos, conta que outro dia, às 8h da manhã, para conseguir uma vaga precisou sair do carro para retirar um dos cones colocados por um restaurante. “Um funcionário ainda chamou minha atenção. Teve a coragem de dizer que não era para estacionar lá. Eu estava parando na rua. Como pode!”, indigna-se. Ela diz que fez de conta que não estava ouvindo, trancou o carro e entrou no prédio onde trabalha. 

Nem mesmo a ação dos órgãos parece intimidar quem lança mãos desses artifícios. De acordo com fonte da Prefeitura de Cuiabá, há bares que acumulam dívidas de R$ 400 mil e até mais em multas por usar calçadas como bar e transformar ruas em estacionamento particular. 

Nas duas situações há casos de empresas reincidentes contumazes na infração. Ou seja, multadas repetidas vezes, mas que recorrem e os processos de prolongam por anos. 

PROIBIÇÃO – O diretor de Trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade, Gustavo Albino, destaca que em nenhuma hipótese a prática em questão é permitida, ou seja, delimitação ou reserva de espaço de via pública para utilizar com interesses particulares. 

Albino reconhece a “privatização” de trechos de vias como um problema, mas garante que o município tem desenvolvido ações de combate. No primeiro semestre deste ano, informa, foram aplicadas 16 mil multas por estacionamento em locais proibidos, em toda a cidade. 

Além de recolher os cones, diz, aplicam multas e guincham o veículo se estiver parado em local proibido. Ele observa que isso vale para todas as situações, entre as quais parar na vaga de idoso, deficiente, de carga e descarga e farmácia. Entretanto, no período noturno, a fiscalização não é diária, por falta de agentes para permanecer nos locais. 





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