Não há como escapar, eventualmente, o cidadão precisa procurar os serviços de um cartório para reconhecer uma assinatura, comprar imóvel, registrar documentos e uma gama grande protocolos que exigem a formalidade. Por causa das diversas exigências e, principalmente, da burocracia, este tipo de ambiente acaba assustando e afastando pessoas, dificultando a concretização de diversas ações.
Os empresários Wagner Souza e José Wilson, ex-funcionários de um cartório em Cuiabá, fundaram a Análise Tech para contornar a burocracia e trazer soluções descomplicadas aos serviços com ênfase no extrajudicial.
Em entrevista, eles explicaram que pessoas de diversas classes sociais e setores da economia encontram dificuldades com estes procedimentos. Destacaram também que institutos e associações que promovem trabalhos sociais, por exemplo, acabam alcançando menos pessoas do que poderiam, tudo por falta de conhecimento sobre os processos burocráticos.
Gazeta Digital - Quando e por que decidiram atuar neste nicho de mercado?
José e Wagner - Os clientes têm muita dificuldade em entender aquilo que o cartório pede. Somente em relação a devolutivas, de documentações, quando apresentam para registro as atas de condomínio, as atas das igrejas, das associações em geral, sindicatos, até mesmo em relação ao pessoal que é um pouco humilde, não tem esse entendimento.
Já durante a pandemia, tivemos a ideia porque identificávamos a dificuldade das pessoas estarem acessando o cartório porque alguns deles fecharam. Como já temos o conhecimento dos cartórios, do que eles pedem, como eles pedem, a gente já deixa o documento preparado para simplesmente colher as assinaturas. E protocolamos no cartório de forma digital, não tem mais necessidade de ir ao cartório fazer estes serviços.
Gazeta Digital - E quais são os tipos de pessoas, físicas ou jurídicas, que vocês observam que encontram mais dificuldades ou buscam essa facilidade?
José e Wagner - Hoje a gente trabalha diretamente com administradoras de condomínio. Essas administradoras prestam serviço aos condomínios, fazem o processo administrativo e mais na questão de elaboração de atas. Elas fazem assembleia e querem protocolar no cartório, que tem as exigências dele.
Os principais clientes seriam essas administradoras de condomínio, mas trabalhamos com igrejas, sindicatos, associações de bairro, que têm um gargalo maior nessa dificuldade, porque são na maioria pessoas mais simples, que não têm entendimento sobre o que o cartório pede.
Gazeta Digital - Como esta dificuldade afeta a sociedade em geral?
José e Wagner - Em relação a associações, por exemplo, encontramos pessoas que têm o desejo de montar institutos, em ajudar o próximo por meio destes institutos, com doações. Então já vimos muitos clientes que têm esse sonho, alguns ficaram muito tempo tentando fazer a constituição do seu instituto e não conseguiam. Entregam um processo no cartório, o cartório aponta tudo o que tem que ser corrigido ali, mas com termos técnicos que às vezes as pessoas não conhecem e não conseguem nem corrigir e acabam até desistindo desses processos.
Teve até uma cliente que se emocionou quando ela conseguiu fazer essa constituição ali no cartório, conseguiu emitir o seu CNPJ, conseguiu regularizar.
Gazeta Digital - Se estiveram regularizadas estas associações então conseguiriam alcançar mais pessoas?
José e Wagner - A regularização é uma forma até de melhorar o instituto ou associação, porque eles conseguem já captar dinheiro do governo. Essas pessoas que são mais humildes, que ajudam realmente, tiram do próprio bolso para ajudar ao próximo, só que eles chegam num limite que não têm mais de onde tirar o recurso.
A prefeitura tem dinheiro destinado a isso. Só que, para receber esse dinheiro, tem que se formalizar perante a legislação, aí eles não conseguem, procuram o cartório que simplesmente passa o checklist para eles, fala "olha, eu quero uma ata de contribuição, de fundação, lista de presença e o estatuto", e eles não sabem. Aí procuram um advogado, mas às vezes nem o próprio advogado consegue instruir porque não entendem muito bem essa questão prática, porque poucos advogados trabalham com isso.
Aí, se regularizou no cartório, eles têm um CNPJ, eles têm a vida civil constituída e podem procurar o poder público, prefeitura, Estado e até mesmo o governo federal.
Gazeta Digital – Pelo que vocês explicaram então, outra coisa que muitas pessoas podem não saber é que existem muitos serviços em que não há necessidade de deslocamento?
José e Wagner – Exato. A gente hoje não precisa mais ir à Junta Comercial, não precisa mais ir à prefeitura, às vezes não precisa mais ir ao cartório presencialmente. Esses serviços a gente faz todo o processo dele de forma virtual. Até mesmo colhendo a assinatura digital. Então a gente têm esse processo todo já esquematizado para evitar que o cliente se desloque, ou pague motoboy, ou pague estacionamento.
Neste cenário a empresa Análise Tech viu uma oportunidade de negócios e também a possibilidade de facilitar e impactar a vida da população.
Entre os serviços prestados estão: as escrituras de divórcio e inventário; as escrituras de compra e venda; os registros de atas de condomínio; as segundas vias de certidões de nascimento, casamento, óbito, imóvel, atas e contratos, entre outros. Além de auxiliar pessoas que não possuem o conhecimento sobre estes procedimentos, os microempresários também enxergam outros impactos positivos de seu trabalho na sociedade.
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