A Cartilha Alienação Parental, lançada pelo Tribunal de Justiça em abril, ganhou repercussão nacional depois de ter sido replicada pelo Facebook do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Só no CNJ foram mais de 13 mil compartilhamentos e quase 300 comentários.
Na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a cartilha recebeu elogios. Segundo o coordenador geral da Autoridade Central Administrativa Federal, George Lima, “a iniciativa do TJMT, em parceria com o IBDFAM, coaduna diretamente com os esforços da Secretaria de Direitos Humanos no âmbito da proteção dos direitos de crianças e adolescentes privados do convívio de um dos genitores”.
Ele disse ainda que a alienação parental prejudica diretamente a criança e é uma violação de direitos gravíssima, já definida em Lei, e que deve ser enfrentada por todos os atores do sistema de garantia dos direitos. “Sem dúvida, em 90% dos casos de sequestro internacional de crianças há a incidência de algum grau de alienação parental, onde o pai/mãe que está com a criança tenta distorcer as memórias dessa criança em relação ao pai/mãe que ficou no exterior. Em dezembro de 2013 eram 171 casos de subtração de crianças sendo acompanhados pela SDH/PR. Hoje (maio/2014) esse número é 34% maior”.
Atenta ao número crescente de casos, George Lima diz que a SDH/PR realizará o seminário “O Papel da Psicologia em casos de Subtração Internacional de Crianças à Luz da Convenção de Haia de 1980”, que contará com um painel específico sobre alienação parental apresentado pela Dra. Sandra Baccara. O evento ocorre no dia 30 de maio, em Brasília/DF.