Cidades Quarta-Feira, 09 de Abril de 2014, 11h:39 | Atualizado:

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SITUAÇÃO PIOROU

CFM diz que pronto-socorro de VG parece "enfermaria de guerra"

 

GD

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O pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande está entre os 8 hospitais públicos do país classificados como “enfermaria de guerra” pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em relatório final divulgado pela entidade, alguns dos principais problemas da unidade foram apresentados.

Superlotação, falhas na infraestrutura, falta de médicos e deficit de leitos estão entre as reclamações da população que utiliza o PS/VG. Com uma média de atendimento que chega a 800 pacientes por dia, o hospital sofre com o aumento da demanda, já que moradores de outros municípios do Estado também vão até a unidade.

Sentados na sala de espera ou em pé na porta do PS/VG, pacientes e familiares cobram melhorias. De acordo com alguns deles, o tempo de espera para um atendimento médico pode durar o dia todo.

Para diretor, se a unidade recebesse apenas a população de Várzea Grande, teria condições de oferecer um bom serviço.Elaborado pelo CFM, o relatório justifica a visita em unidades públicas de saúde do país pelo fato de a cada 10 brasileiros, 8 dependerem do SUS.

De acordo com o documento, “o atendimento deveria começar no posto de saúde, perto de casa, que deveria ser capaz de resolver a maioria dos casos, entretanto a realidade não demonstra isso. Sem médicos, sem estrutura, o tempo passa, a doença fica mais grave e o paciente procura o maior hospital da região”. O CFM ainda critica a falta de humanização na rede pública, principalmente nos serviços de urgência e emergência.

Ao todo, foram visitadas além do PS de Várzea Grande, unidades públicas do estados da Bahia, Distrito Federal, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. Na maioria delas, a presença dos conselheiros e acompanhantes foi feita sem aviso prévio, para evitar que medidas de última hora fossem tomadas pela direção dos hospitais.

De acordo com o relatório, entre os pontos de destaque no hospital de Várzea Grande estão a superlotação nos corredores do setor de emergência com pacientes internados em macas, problemas recorrentes com esgoto na sala de Ortopedia, falta de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, infiltrações no teto, falta de medicamentos, estabilizadores improvisados e terceirização de serviços.

Para o CFM, os serviços de urgência e emergência enfrentam um duplo gargalo. “O primeiro é o mais visível, pois gera grandes filas de atendimento e desconforto na porta de entrada dos serviços. O grande volume de pessoas que procuram tais serviços reflete a ineficiência do sistema em acolhê-las em serviços de atenção primária”.

Por volta das 9h desta terça-feira (08), quem foi ao PS de Várzea Grande se deparou com uma sala de espera lotada. Em pé, alguns aguardavam para serem chamados para a sala da triagem, enquanto outros esperavam por atendimento.

Uma das funcionárias da unidade explica que é preciso passar pela triagem para que o protocolo de atendimento seja seguido. Classificados por cores, eles podem ser verde e azul, caso a situação não seja muito grave, ou amarelo e vermelho, para os atendimentos de emergência. Se definido nestas cores, o paciente é encaminhado para atendimento de urgência.

Na sala de espera da ala pediátrica, uma fila de mães desesperadas e revoltadas que aguardam atendimento. Assim como nos outros espaços do PS, elas precisam passar pelo setor de triagem.





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