Cidades Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 09h:05 | Atualizado:

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Defensor denuncia receber ameaças de morte e fala em processar juiz

Motivação seria o pedido de liberdade de um dos assassinos dos 3 motoristas

BRENDA CLOSS
Da Redação

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juiz e defensor caaso motorista de app.jpg

 

O defensor público Alex Campos Martins, que atuou na audiência de custódia e teria pedido a liberdade de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, criminoso preso pelo assassinato de três motoristas de aplicativo em Várzea rande, tem sido alvo de ameaças pelo pedido e estuda medidas judiciais contra o juiz Abel Balbino Guimarães, da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, que homologou a ata da audiência, confirmou a legalidade da prisão em  flagrante e decretou a prisão preventiva do criminoso.

Embora conste na ata que o defensor pediu a liberdade do criminoso, ele nega e sustenta que a ata da audiência foi "deturpada" pelo magistrado. 

De acordo com uma nota da Defensoria Pública, durante a audiência o defensor teria pedido para que o custodiado tivesse seus direitos de defesa garantidos, o que na ata teria sido deturpado. Consta na ata da audiência 'que a defesa requereu a liberdade do autuado, pois entende não estarem presentes os requisitos de prisão do art. 312 do CPP, com a aplicação das cautelares do art. 319 do CPP". 

No entanto, de acordo com a nota da Defensoria Pública, Alex Campos Martins cumpriu de modo protocolar o que determina o Código do Processo Penal, obedecendo os trâmites constitucionais, para que o assistido não fosse considerado indefeso juridicamente, o que poderia acarretar em uma eventual anulação do processo. 

"Com base nisso e após a repercussão das informações deturpadas, o defensor avalia medidas judiciais contra o magistrado que homologou a ata da audiência com  informações incorretas, inclusive para a reparação do dano moral e emocional causado a ele e sua família.  O defensor reconhece a dor de parentes e amigos das vítimas, mas manifesta aflição com a reprodução equivocada do caso, tendo em vista que após a veiculação das notícias, ele e sua família sofreram diversas ameaças, inclusive contra a vida", trás a nota.

"Sua atuação buscou cumprir o seu papel como defensor público e adianta que, caso seja designado a atuar na defesa do suspeito, irá se declarar impedido", enfatizou. 

O CASO - As vítimas Márcio Rogério Carneiro, Nilson Nogueira, ambos de 42 anos, e Elizeu Rosa Coelho, de 58 anos, foram mortas na última semana a pauladas e facadas pelos adolescente de 15 e 17 anos juntamente com Lucas Ferreira da Silva. Lucas já possuia passagens criminais por violência, furto e trafico de drogas. Depois de roubar e matar as vítimas, os criminosos esconderam os corpos em matagais de Várzea Grande. O corpo de Márcio foi encontrado na região do Chapéu do Sol, enquanto os corpos de Nilson e Elizeu foram localizados em um lixão próximo ao bairro Capão do Pequi, após diligências da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com o delegado Nilson Farias, que conduz as investigações na DHPP, os criminosos agiram como 'serial killers', tanto que um deles chegou a revelar que pretendiam fazer novas vítimas caso não fossem presos. Conforme o delegado, um dos adolescentes relatou que tinha planos de matar um motorista por dia.

Os três foram encaminhados no fim da noite da última segunda-feira para a sede da DHPP, interrogados e autuados em flagrante pelos crimes e atos infracionais análogos, respectivamente, a roubo majorado pelo concurso de pessoas, restringindo a liberdade das vítimas, grave ameaça com emprego de arma branca e homicídio em decorrência da violência e ocultação de cadáver das vítimas. Lucas Ferreira responderá ainda por corrupção de menores. Ele foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado (PCE).

No caso dos menores, foi decretada internação em unidade socioeducativa por 45 dias. A decisão é do juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu, da Vara Especializada da Infância e Juventude de Várzea Grande. Já os adolescentes aguardam a disponibilização de vagas no sistema socioeducativo.

NOTA NA ÍNTEGRA - A respeito das informações que circulam na imprensa sobre as medidas adotadas pela Defensoria Pública de Mato Grosso, no âmbito da audiência de custódia que homologou a prisão preventiva de Lucas Ferreira da Silva, 20 anos, preso suspeito de envolvimento no homicídio de três motoristas de aplicativo na Região Metropolitana de Cuiabá no último final de semana, a instituição reforça que em nenhum momento o defensor público apresentou argumentos pela soltura do acusado. 

Algumas reportagens veiculadas nesta quinta-feira (18) foram produzidas sem consultar o órgão e com base na ata da audiência, que traz o pedido do defensor descrito de forma imprecisa, conforme pode ser verificado na gravação do inteiro teor da audiência que também se tornou pública. A Defensoria Pública, em cumprimento ao que determina a Constituição Federal, tão apenas efetivou seu papel institucional e não pessoal de representante legal do assistido.

Durante a audiência, o defensor pediu para que o custodiado tivesse seus direitos de defesa garantidos, o que na ata foi deturpado. O defensor cumpriu de modo protocolar o que determina o Código do Processo Penal, obedecendo os ditames constitucionais, para que o assistido não fosse considerado INDEFESO juridicamente, o que traria sérias consequências judiciais para o devido cumprimento da lei, acarretando por exemplo em uma eventual anulação do processo.

Com base nisso e após a repercussão das informações deturpadas, o defensor avalia medidas judiciais contra o magistrado que homologou a ata da audiência com  informações incorretas, inclusive para a reparação do dano moral e emocional causado a ele e sua família. 

O defensor reconhece a dor de parentes e amigos das vítimas, mas manifesta aflição com a reprodução equivocada do caso, tendo em vista que após a veiculação das notícias, ele e sua família sofreram diversas ameaças, inclusive contra a vida. Ele ainda ressalta que em sua atuação buscou cumprir o seu papel como defensor público e adianta que, caso seja designado a atuar na defesa do suspeito, irá se declarar impedido.





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Comentários (12)

  • Helcio

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 13h46
  • Independente da interpretação ou do mal entendido, a verdade é que o vagabundo em questão tem que apodrecer na cadeia. Simples. Essa retórica do advogado que disse que falou uma coisa e o Juiz entendeu outra, não atenua a condição do meliante.
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  • ANTONIO

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 13h46
  • ESTE DEFENSOR E UMA PIADA AGORA ESTA COM MEDO DEPOIS FEZ A CAGADA
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  • Palpiteiro

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 13h39
  • Se o bozo está solto fazendo motociatas,esse assassino vai querer a liberdade também, é o pensamento desse bolsonarista aí.
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  • Luis

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 13h27
  • Aí tem... !!! Pode investigar esse Defensor !!! Conversa fiada essa de "defender a família". Típico de gente que tem o rabo preso !!! Se mexer , vai dar WO...!!!
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  • JOSEH

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 12h38
  • Mataram 3 trabalhadores né defensor, o marginal é bom, leva pra casa e cuide bem dele, pede a guarda da cria do L.
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  • jose Maria

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 12h11
  • como um defensor deste pode pedir a soltura de um criminoso? Alegando que tem direito a defesa? Tera a sua defesa mas preso.....solta ele defensor para matar mais motorista de aplicativo e quem dera um membro de vossa família...Ai vc pega ele e leva para sua casa para se recuperar.....que pais vivemos...Defender o indefensável ......
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  • Paulo Carvalho

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 11h31
  • Muitos simlpes: há anos as audiências são gravadas.
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  • joao antonio

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 11h03
  • Uns tipos de crimes desses, o réu confesso não deveria ter defesa nenhuma. Eita leis brasileiras, uma vergonha! Daqui dois anos estão nas ruas novamente, livres, leves e cometendo crimes novamente. Prisão PERPÉTUA JÁ.
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  • Marcelo

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 09h31
  • Não tem nada de errado aí deixa na tranca mesmo e põe na cama junto das facções aí.
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  • Valdemir

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 09h18
  • Fala pra esse defensor levar o meliante pra morar consigo.
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  • ARMANDÃO

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 09h18
  • Se tivesse cancelado os 3 cpfs... nao teria esse problema!!! Nao ia ocupar à justiça, nem o juiz, nem o promotor, nem o defensor... nem a polícia... nem ia ocupar vaga no presídio, nem no pomeri... nem iam gastar c marmitas... enfim... a hipocrisia!!!!
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  • Benedito da costa

    Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024, 09h15
  • É Defensor! se cuida, cai fora do processo sob a alegação de ameaças e insegurança pessoal. Larga mao disso, não defenda bandidos, defenda pobres e oprimidos.
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