O deputado estadual Faissal Calil (PV) apresentou, na sessão da manhã desta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), um requerimento de informações (nº 307/2021) sobre a obra do Hospital Regional do Araguaia, em Confresa. O parlamentar pede explicações sobre a posse do imóvel onde o governo do estado quer instalar a unidade de saúde, além de supostas irregularidades relativas ao local onde ele será construído.
Faissal questiona no pedido se foi analisado pelo governo do estado, no parecer homologado sobre a construção do hospital regional, em Confresa, a titularidade do imóvel. O deputado aponta que a empresa Frenova Imobiliária e Negócios Ltda., que quer vender o espaço onde a obra será erguida, sequer possui a posse do terreno. A área foi alvo de uma disputa judicial que tramitou na 1ª Vara de Porto Alegre do Norte, com processo já transitado em julgado e posse em favor de Ricardo Aloísio Babinski.
“Quem, em sã consciência, iria adquirir um imóvel em litígio? Acredito que ninguém, mas o Estado de Mato Grosso quer fazer isso. Quem quer vender, sequer tem a posse, pois esta pessoa a perdeu em juízo, já transitado em julgado. Ninguém compraria um imóvel só no papel, sem ter a posse, que é o principal”, afirmou.
A instalação do hospital regional estava prevista para ser feita em Porto Alegre do Norte, mas a atual gestão do governo do estado decidiu alterar os planos e instalar a unidade de saúde em Confresa. No pedido de informações, Faissal questiona ainda sobre a existência de um lixão localizado bem próximo ao local onde será erguida a obra, o que, segundo o parlamentar, seria mais um transtorno.
“Vejo isso de duas formas. Ou o governo do estado não quer fazer este hospital, ou está me ‘cheirando mal’. Esta mudança de sede, de Porto Alegre do Norte para Confresa, fede. Fede tanto quanto o lixão localizado logo atrás do local onde o Executivo quer instalar esta unidade de saúde. Este Parlamento precisa conversar com o governador e o secretário de Saúde para tentar convencer o Estado a rever esta questão. Esta pessoa que quer vender, sequer tem o que vender”, completou.