Cidades Domingo, 08 de Junho de 2025, 11h:16 | Atualizado:

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RELIGIOSIDADE

Em 10 anos, evangélicos são quase 1 milhão em MT

No entanto, o catolicismo continua sendo a maior religião do estado

JULIANA ALVES
A Gazeta

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O número de evangélicos em Mato Grosso cresceu 24,5% em pouco mais de uma década, somando quase 928 mil pessoas, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, o número de católicos caiu 8,8%. Ainda assim, o catolicismo continua sendo a maior religião do estado, com 56,7% da população. Em dois municípios, Colniza e Rondolândia, o número de evangélicos já é maior que o de católicos.

Em Rondolândia, 45% da população se autodeclara evangélica e 42% católica. Já em Colniza, os números são 44% e 40%, respectivamente. Por outro lado, alguns municípios ainda têm grande predominância católica, como Nossa Senhora do Livramento e Novo Horizonte do Norte, ambos com 78% de católicos, Rosário Oeste (77%), Glória DOeste (76), Barão de Melgaço (75%), entre outros. 

Para o historiador Suelme Fernandes, essa tendência nacional de queda pode fazer com que a Igreja Católica perca a hegemonia na próxima década. Talvez isso seja um processo de democratização, do direito de escolha da religião. O povo brasileiro está tendo mais liberdade para escolher, sem se sentir reprimido, perseguido ou sofrer algum tipo de preconceito. 

Os dados, divulgados na sexta-feira (6), mostram que 1,7 milhão de mato-grossenses se declararam católicos em 2022, contra 1,9 milhão em 2010. Já os evangélicos saltaram de 745 mil para 927.714, cerca de 30% da população do estado. 

Nesta semana, a série Templos da Fé Cuiabana destaca a história da Igreja Presbiteriana de Cuiabá, a primeira evangélica da região. Fundada há pouco mais de 100 anos, ela faz parte de um movimento que enfrentou resistência no início do século 20, ao ser implantada em um território majoritariamente católico. (Leia mais na Página 1B). 

Cenário político

Suelme explica que o avanço evangélico também está ligado ao cenário político brasileiro. Jair Bolsonaro foi o primeiro Presidente da República a se alinhar publicamente aos evangélicos, que nos últimos anos começaram a participar ativamente do poder. Isso facilitou para que pudesse ter uma maior expansão no espaço social. Então, essa é uma variável. Além de que os cultos evangélicos são mais pragmáticos, mais dinâmicos. Ele está mais conectado com o problema do cidadão, dos dilemas existenciais, financeiros, amorosos, afetivos, do que propriamente o catolicismo. 

O historiador ainda destaca que a Igreja Católica tem enfrentado dificuldades para dialogar com os jovens e acompanhar as mudanças sociais, pois ela está envelhecida e ainda pratica rituais centenários. "Os evangélicos conseguem seguir um pouco mais as mudanças sociais advindas da rede social e da juventude como um todo. A construção social do Brasil está fortemente ligada ao catolicismo, mas estamos muito perto, talvez no próximo censo, do catolicismo já não ser a religião mais importante e perca a hegemonia no país chamado como mais católico do mundo, que é o Brasil".





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Comentários (1)

  • Pastor Jim jones

    Domingo, 08 de Junho de 2025, 16h41
  • MT é o Estado com o maior rebanho do país, o solo fértil, muita pastagem para as ovelhas... são fatores preponderantes.!
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