Cidades Sábado, 10 de Maio de 2025, 11h:01 | Atualizado:

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DESAFIOS

Em MT, 42% têm resistência a remédios para tuberculose

Resistência pode estar associada à demora no diagnóstico

DANTIELLE VENTURINI
A Gazeta

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Mato Grosso registra o maior percentual de tuberculose com polirresistência no Brasil, com 42,9% dos 1.308 novos casos notificados em 2024 resistentes a dois ou mais medicamentos essenciais ao tratamento da doença. O dado coloca o estado em situação crítica e reforça os desafios enfrentados pelos serviços de saúde para conter o avanço da tuberculose. Com uma média de três registros por dia no ano passado, o total de notificações é o maior desde a pandemia da covid-19. Especialistas alertam que a resistência pode estar associada à demora no diagnóstico e ao abandono do tratamento.

Médicos explicam que a polirresistência é considerada um dos maiores desafios no combate à tuberculose, pois prolonga o tempo de tratamento, aumenta os efeitos colaterais e reduz as chances de cura. A tuberculose polirresistente é causada por uma bactéria resistente a dois ou mais medicamentos de primeira linha (exceto rifampicina e isoniazida, que caracterizam a forma mais grave, a multirresistente). Ela não tem sintomas mais graves do que a forma sensível, mas demora mais a responder ao tratamento e pode evoluir mais rapidamente se o tratamento não for iniciado corretamente.

Médica infectologista Ana Carolina Pires explica que o tratamento padrão da tuberculose dura cerca de seis meses e é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios. No entanto, casos de resistência medicamentosa exigem terapias mais prolongadas, podendo se estender por 18 meses ou mais, conforme a evolução clínica do paciente e, em Mato Grosso, o Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), em Cuiabá, é o responsável por atender os casos mais graves.

M.G.L. é morador de Araputanga (345 km a oeste de Cuiabá) e faz o tratamento contra a tuberculose resistente há quase um ano. De acordo com ele, os sintomas são os mesmos. Eu já estava entrando no sexto mês de tratamento, mas os sintomas, como a tosse, por exemplo, persistiam e aí o médico me encaminhou para o tratamento em Cuiabá.

Para ele, que vem pelo menos uma vez ao mês à Capital para monitoramento, a evolução agora tem sido boa. Acredita que a maior resistência pode ter sido devido à demora para o diagnóstico. Demorei procurar o posto porque pensava que era nada.





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