Cidades Quinta-Feira, 09 de Novembro de 2023, 15h:00 | Atualizado:

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SEM TRILHOS

Empresa não cumprirá prazo para ferrovia em Cuiabá

 

Da Redação

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A primeira reunião de trabalho entre a Comissão Especial criada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para acompanhar e fiscalizar a construção dos trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo (Ferronorte) até Cuiabá e o Fórum Pró-Ferrovia foi realizada nesta quinta-feira (09), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT). A comissão é composta pelos deputados estaduais Carlos Avallone (PSDB), Wilson Santos (PSD), Júlio Campos (União Brasil), Juca do Guaraná (MDB) e Fabio Tardin – Fabinho (PSB) e a decisão de criá-la foi tomada durante audiência pública realizada na Casa de Leis no dia 9 de outubro deste ano. 

Na ocasião, representantes da empresa Rumo Logística, responsável pela construção e gestão da ferrovia, apresentaram um balanço dos trabalhos. No entanto, parlamentares e membros do Fórum Pró-Ferrovia demonstraram insatisfação com as informações prestadas e com o fato de membros da diretoria da empresa não terem comparecido.

As duas maiores preocupações se referem ao cumprimento do prazo estabelecido no contrato firmado para que os trilhos cheguem a Cuiabá - até 2025 – e ao local onde será instalado o terminal ferroviário na Capital. Até o momento, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) já concedeu licença para as obras de instalação dos trilhos em Rondonópolis e nos trechos de Rondonópolis a Juscimeira e de Juscimeira a Primavera do Leste. 

“Quando se constrói uma ferrovia os processos são feitos em etapas e esse processo hoje está sendo direcionado não para os estudos ambientais, de licença e de instalação para a construção no sentido da Capital, mas sim para a Primavera do Leste, Nova Mutum [...] O que nós queremos é que Cuiabá seja tratada como prioridade, como está estabelecido no contrato. Os impactos positivos que nós teremos com a chegada da ferrovia são incalculáveis e daí a importância dessa comissão criada pela Assembleia Legislativa e do Fórum, que é composto por 20 entidades, para que possamos avançar com os trilhos da ferrovia”, declarou o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo.

Durante a audiência pública, o gerente de relações institucionais e governamentais da Rumo, Rodrigo Verardino de Stefani, informou que o pedido de licenciamento para Cuiabá ainda não foi apresentado porque o projeto executivo não foi concluído. Na reunião desta quinta-feira, o deputado Carlos Avallone disse que a empresa se comprometeu a entregar o projeto executivo até janeiro de 2024. Afirmou ainda que a comissão acompanhará a situação de perto e “não aceitará que os trilhos sejam direcionados para outra direção que não seja Cuiabá”. 

“Nós vamos cobrar ação. É isso o que estamos fazendo. Nós vamos visitar a Rumo em São Paulo, vamos visitar aqui, quero ver como estão os projetos, como que estão a data para entrega, a data para entrar com pedido de licença. É assim que a comissão vai funcionar. Eu estou convicto de que a Rumo cumprirá o seu papel e o seu compromisso assinado em contrato, mas, se a comissão entender que esses prazos não estão sendo cumpridos, nós vamos agir”, assegurou.

Viabilidade econômica – Segundo Francisco Vuolo, a viabilidade econômica da ferrovia em Cuiabá já foi comprovada pela própria empresa, o que não justificaria um redirecionamento dos trilhos para outra região.

“Já foi feito um estudo de viabilidade econômica com base na movimentação de carga, apresentado pela própria Rumo, que apontou um volume de carga que chega a quase 15 milhões de produtos movimentados para a Capital e região. Diferentemente das regiões do médio norte do estado, nós não temos um grande potencial de produto primário, porém nós temos a maior densidade populacional, as principais indústrias, e o que virá para cá e que movimentará a partir de Cuiabá é a verticalização da nossa produção, é o produto sendo consumido, e a ferrovia, além de grãos, também transporta o que chamamos de carga geral, que é o produto que nós consumimos”, salientou.

O presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), Domingos Kennedy Garcia Sales, reforçou a importância da chegada dos trilhos em Cuiabá para a redução de custos e aumento do potencial competitivo dos produtos da região. Segundo ele, somente na região do Distrito Industrial há atualmente 330 empresas.

“A chegada do modal ferroviário vai ajudar a desenvolver muito o setor industrial comercial, vai reduzir os custos logísticos, que é um grande gargalo que nós temos hoje, vai possibilitar trazer insumos muito mais baratos e prospectar em outras regiões as indústrias que estão instaladas aqui no Distrito Industrial, que são indústrias de transformação. Esses produtos se tornarão muito mais competitivos e será possível ampliar a capacidade das indústrias”, avaliou.

O grande potencial da região da Baixada Cuiabana também foi destacado pelo arquiteto urbanista José Antônio Lemes dos Santos. “Muitos têm a ideia de que Cuiabá não produz nada, como se produção fosse só grãos. Cuiabá é o maior centro produtor, distribuidor e consumidor do estado”, frisou.

Legislação – O Sistema Ferroviário do Estado de Mato Grosso (SFE/MT) foi instituído pela Lei Complementar 685/2021, que estabelece que o estado poderá explorar a infraestrutura física e operacional do transporte ferroviário delegada por outro ente público, a qual integrará também o SFE/MT. 





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Comentários (8)

  • Fulano

    Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2023, 14h09
  • Nada contra o nortão, mas não basta apenas plantar , precisa arrecadar impostos, o agro usa dinheiro público pra tudo, e não paga nada, a algum tempo atrás o nortao era um deserto, e graças a ações de políticos que acreditaram no desenvolvimento, criaram a BR 163 , que hj os municípios se desenvolveram, porque não a capital ter a ferrovia? Um investimento a longo prazo,que terá retorno com industrialização ,que gerará arrecadação. Não podemos pensar no só agro, pensar na industrialização também, esse gera riquezas ao estado. MS está se industrializando , várias empresas de celulose e outras indústrias. Goiás, SC ,PR não é 100% agrário e são muito mais ricos em arrecadação que MT. Se o agro gerassem riquezas , MT teria as melhores rodovias do Brasil, e seria um estado super desenvolvido. MT não pode ficar refem somente do agro.
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  • Ggm

    Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2023, 11h35
  • Tá certo, vamos enquadrar essa rumo, cuiaba é prioridade sim caso contrário embarguem essa ferrovia.
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  • joao

    Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2023, 08h29
  • JA ESTÃO COM MEDO DA EMPRESA NÃO CUMPRIR O CONTRATO, ENTÃO VAI DAR ZEBRA !!! PRANXEI DELA
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  • Vicente

    Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2023, 07h53
  • Esse idiota não tem coragem nem de colocar o nome dele, um inútil.
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  • Maxwel Ferreira de Oliveira

    Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2023, 05h11
  • Os trilhos não deveriam chegar nem perto de Cuiabá a rumo o foco dela e o agronegócio Cuiabá não produz nda para o agronegócio a rumo está mais que serto fazer outro traçado para o norte do Mato Grosso
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  • Elias

    Quinta-Feira, 09 de Novembro de 2023, 19h32
  • O comentarista abaixo não conhece Cuiabá..aqui não produz soja e milho..até porquê acham que se vive aí só disso..deixa dar uma seca violenta e vcs verão esse povo do agro piano miúdo. Existe sim outras indústrias que produzem aqui em Cuiabá. Pôr exemplo..quem mais produz baguncinha no Brasil a não ser Cuiabá? Quem produz maionese temperada,suco de Bocaiúva etc.. então não diga que Cuiabá não tem indústrias..capiche
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  • Para Não Eleitor em Mato grosso

    Quinta-Feira, 09 de Novembro de 2023, 17h42
  • Vá pra PQP, FDP!! Quem é você, VERME, MALDITO pra falar de Cuiabá?? Volta do buraco de onde você saiu, VAGABUNDO. A capital de MT, além de ser maior cidade, é mais importante economicamente do estado e em todos os sentidos, LEIA a matéria, ANALFABETO e veja se Cuiabá não tem viabilidade econômica para que ferrovia chega até ela! Municipios do médio-norte e Norte do estado é um bando de Sulistas que veio rodando igual PAU PODRE, chegaram em MT com uma mão na frente outra atrás, com estômago nas costas. Compraram terras a troco de banana; desmatando tudo, envenenando rios e cursos de água; produzindo um monte de commodities agrícolas para exportação, sem pagar imposto ICMS sobre produto exportado. Nem Mato-grossense legítimos são.
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  • Nao Eleitor em Mato Grosso

    Quinta-Feira, 09 de Novembro de 2023, 16h04
  • Para que e porque os cuiabanos querem essa ferrovia, se não produzem nada. O progresso deste estado é o interior, o norte é a região onde o progresso está...onde o progresso está. Os cuiabanos não produzem nada. Agora, K pra nóis, dom esses não vão conseguir nada. Nenhum deles tem credibilidade.
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