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CAÇHADA FATAL

Empresário que atropelou e matou 2 ao sair de cabaré vai a Júri em MT

Richard cometeu crime há 13 anos e bebeu uísque no dia

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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O empresário Richard Gaertner, suspeito de atropelar e matar duas pessoas em Primavera do Leste, em 2011, e fugir do local do acidente, irá a Júri Popular. Ele foi pronunciado pelo juiz Alexandre Delicato Pampado, da Primeira Vara Criminal da cidade, que também decretou a revelia do réu, que sumiu durante a tramitação do processo chegando a se negar a assinar uma intimação feita por um Oficial de Justiça.

De acordo com informações do processo, o empresário foi o responsável pelas mortes de Ayle da Silva Strub Veiga e Leandro José Brem, em 2011, depois de atropelar as vítimas que estavam de moto, com a sua caminhonete Hilux. Antes do atropelamento, segundo os autos, tanto o empresário quanto as vítimas estavam em uma boate chamada "Sexy a Mil", onde estavam com garotas de programa.

De acordo com a denúncia, Richard Gaertner conduzia sua caminhonete, uma Toyota Hilux, no dia 12 de maio de 2011, quando por volta de 1h00 da madrugada, teria atropelado a dupla, que estava em uma moto, na altura do quilômetro 285 da BR-070. Após o acidente, o empresário teria fugido do local.

O acidente só foi descoberto após agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) terem sido acionados por um motorista, que ao passar pelo posto policial, informou o ocorrido. Os policiais foram até o local indicado e chegaram a pensar se tratar de uma denúncia falsa, pois não havia veículos nas redondezas.

No entanto, quando se preparavam para voltar, o corpo das duas vítimas foi avistado ao lado da rodovia. Os policiais então passaram a averiguar o local e perceberam que as vítimas haviam morrido, tendo também encontrado peças de motocicleta e de uma caminhonete.

Os agentes detectaram gotas do líquido de arrefecimento de um veículo e passaram a seguir este gotejamento, chegando assim até o portão de um estabelecimento conhecido como “Fazendinha”, que também é uma casa noturna com garotas de programa. Ao chegarem ao local, perceberam que o portão estava trancado por dentro e que o muro do estabelecimento era bem alto.

Um dos policiais, então, utilizou um pedaço de madeira e subiu, de onde passou a chamar por pessoas que pudessem atender a ele. Os agentes também estranharam que a boate estivesse fechada, já que ela costumeiramente fica aberta durante boa parte da madrugada.

Eles foram atendidos por uma mulher, que passou a passar informações contraditórias. Ao adentrarem no local, identificaram que nos fundos do estabelecimento, escondido, estava uma Toyota Hilux, de cor prata, com uma motocicleta ‘encravada’ no motor.

Em audiência de instrução, testemunhas relataram que o empresário era frequentador assíduo das duas casas noturnas e que, naquele dia, havia bebido uísque em uma delas. As duas vítimas também estavam na mesma casa noturna, a ‘Sexy a Mil’, e que todos eles teriam optado por ir a ‘Fazendinha’, momentos antes do acidente.

A perícia identificou que as marcas de frenagem só começaram 20 metros após o ponto de impacto, o que demonstra que o empresário demorou para reagir e pisar nos freios. Ao pronunciar Richard Gaertner, o magistrado destacou que o empresário que reside hoje em Goiás consumiu bebidas alcoólicas antes do episódio.

“infere-se do conjunto probatório acostado aos autos que a conduta adotada por Richard demonstra a presença do dolo eventual, assumindo o risco de matar as vítimas, eis que no dia dos fatos, chegou ao estabelecimento Sexy a Mil e, de acordo com os relatos da testemunha Claudemir, já estava com um copo de uísque nas mãos, indicando que já estava ingerindo bebida alcoólica antes do fatídico acidente, bem como durante o tempo que ficou no estabelecimento”, afirmou o magistrado.

Ainda segundo a decisão, o empresário também não observou a distância de segurança entre sua caminhonete e a motocicleta em sua frente, situação que foi determinante para a ocorrência do acidente que resultou na morte das vítimas. Foi apontado ainda que ele teria deixado o local e não prestado socorro às vítimas, mas que este crime prescreveu, absolvendo-o assim desta acusação, pronunciando assim Richard Gaertner ao Júri Popular.

“Ante o exposto e por tudo o que mais consta dos autos consta, julgo parcialmente procedente o pedido inicial, pronunciando Richard Gaertner, pela prática do delito previsto no artigo 121, parágrafo 2ª, incisos III e IV, c.c 18, segunda parte, na forma do artigo 70, todos do Código Penal, e reconheço da prescrição da pretensão punitiva e a consequente extinção da punibilidade de Richard Gaertner quanto ao delito encartado no artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro”, diz a decisão.





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Comentários (3)

  • Ex Professor da Geração de Ouro

    Terça-Feira, 30 de Abril de 2024, 09h26
  • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk " caçhada" Ahhhh ESTAGIÁRIO.!!!!! Tu deveria frequentar uma sala de aula por, pelo menos UM ANO. É o retrato de um site que não tem a mínima credibilidade. Ahhhh esses LULISTAS.!!! É como disse um amigo meu, é bem cuiabá...é bem mato grosso.!
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  • gv

    Terça-Feira, 30 de Abril de 2024, 07h08
  • matou com uma CAÇHADA. morte muito cruel
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  • Jorge

    Terça-Feira, 30 de Abril de 2024, 06h13
  • Bem rápido ele vai a juri, só 13 anos. O outro que matou a ex e o atual dela ficou mais e não foi preso. O judiciário está evoluindo.
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