Estações de monitoramento do Rio Paraguai vem registrando os menores níveis d'água de toda a série histórica de dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Com esta grande estiagem, os números apontam que o principal rio que banha o Pantanal não tem, há três anos, a habitual cheia que o bioma registrava.
Pelo segundo ano consecutivo, o Rio Paraguai apresenta valores de nível d’água significativamente abaixo da média, conforme o SGB-CPRM. A tendência é que o afluente permaneça em níveis baixos até o mês de outubro, quando normalmente termina o processo de vazante.
Diante dos números, os especialistas do SGB-CPRM se preocupam com todas as estações de monitoramento do Rio Paraguai. A situação crítica no Rio Paraguai já havia sido alertada pelo serviço nacional, em abril, deste ano, quando ainda estava em período de cheia. Os dados divulgados mostravam que o rio registrou a cota de 1,79m em Ladário.
O último boletim de Monitoramento Hidrológico, publicado pelo SGB-CPRM, aponta que o nível d’água registrado na estação de Cáceres (MT) está atingindo os menores valores mínimos já observados para esse período do ano, considerando toda sua série histórica de dados (com registros desde 1965). O nível atualizado encontra-se em 78cm.
A preocupação em Mato Grosso do Sul é em razão do declínio do nível d'água na estação de monitoramento de Ladário (MS). Este ponto de análise, para os especialistas, é considerado um termômetro para medir o grau da estiagem no bioma Pantanal, e na cidade pantaneira, o Rio Paraguai está com apenas 1,34m.