Guardas municipais de Várzea Grande fizeram protesto em frente à sede da instituição cobrando a legalização do porte de armas dos 161 servidores que atuam no órgão. Desde o advento do Estatuto do Desarmamento, de dezembro de 2003, eles estão usando armas de fogo sem autorização legal da Polícia Federal.
Há quase 10 anos, a guarda municipal não se adequou nem mesmo para o porte para uso pessoal, assim como os policiais civis, militares e federais. Além deste problema, também foi denunciado que os trabalhadores estão com colete à prova de balas vencidos desde fevereiro deste ano e cobraram a promoção dos servidores que desde 2004 aguardam a progressão de carreira.
“As armas estão registradas e temos acesso a elas apenas em serviço, porém há anos pedimos a legalização do porte das armas. Informações extraoficiais são de que a Polícia Federal só não tomou o nosso armamento porque nosso trabalho é aprovado pela população e ajuda no combate à criminalidade”, argumentou a guarda municipal Vanuza Quaresma.
O guarda municipal Antônio Alves explicou que para que a instituição possa regularizar o porte legal precisa ter estrutura de ouvidoria e corregedoria, além da capacitação regular. “O correto seria que fizéssemos curso a cada dois anos com aulas de tiro, acompanhamento psicológico, mas isso não acontece”.Conforme ambos, a única vez que foi necessária a capacitação foi quando eles ingressaram na corporação em 2000.
Comandante da Guarda Municipal, Louriney dos Santos Silva, nega que os agentes não tenham porte. “Só para serviço sim, estamos fazendo um termo de cooperação com a Polícia Federal para regularizar o porte para uso pessoal”.
Ele disse que o protesto ocorrido na porta da Guarda Municipal é de uma meia dúzia de insatisfeitos e que tem buscado solucionar os problemas. “Já pedi ao Exército a autorização para a compra de mais coletes. Para 2015 vamos abrir licitação para a compra de armamentos e munições”.
Em relação à questão salarial, a presidente do sindicato da categoria, Adanary Silva Pizza, disse que o protesto foi à revelia do sindicato que tem mantido negociações há um ano com o prefeito. Pelo tempo de serviço, os primeiros guardas municipais tinham direito a três progressões na carreira, mas apenas em 2013 houve a primeira. Caso tivesse sido obedecido dos atuais R$ 2.431, eles deveria ganhar R$ 5,5 mil. “Vamos entregar a nossa proposta da promoção na sexta-feira (31). Não iríamos apoiar protesto e acabar com meses de negociação”.
Alves
Sábado, 01 de Novembro de 2014, 01h06Camargo
Quinta-Feira, 30 de Outubro de 2014, 22h21Paulo
Quinta-Feira, 30 de Outubro de 2014, 15h13