Das 53 vagas referentes à última homologação do programa federal “Mais Médicos”, 52 foram preenchidas. Apenas o município de Juara (640 quilômetros, ao norte de Cuiabá) registrou uma desistência. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT), os novos profissionais cadastrados no programa, executado pelo Ministério da Saúde com o apoio dos estados e municípios, já trabalham nas unidades para as quais foram destinados.
Conforme a Coordenadora de Atenção Primária da Ses-MT, Regina Paula de Oliveira Amorin Costa, a vaga restante será preenchida ainda neste mês, pelo Governo Federal, que publicará portaria designando um profissional para atuar no município. “É positiva a avaliação do projeto Mais Médicos no estado de Mato Grosso”, avalia.
Atualmente, são 235 médicos distribuídos em 102 (72%) municípios e nos cinco (100%) Distritos Sanitários Indígenas (DSEI). “Aproximadamente 811 mil mato-grossenses são atendidos pela iniciativa no Estado e contribuindo com a qualificação do processo de trabalho das equipes e da Atenção à Saúde ofertada à nossa população”, destacou Regina Paula.
Um exemplo é o município de Colniza que contará com o trabalho de três médicos e, em Marcelândia, com dois médicos em atuação. A coordenadora informou ainda que cada um dos outros 19 municípios contará com o auxílio de um médico. O atendimento do programa também engloba os Distritos Sanitários Indígenas localizados nas regiões do Araguaia (com 13 médicos), Xingu (com quatro médicos), Kaiapó (com quatro médicos) e Xavante (com oito médicos).
O “Mais Médicos” tem o objetivo de diminuir a carência de profissionais da medicina nas regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS) e de reduzir as desigualdades regionais na área da Saúde. O programa contribuiu para o fortalecimento e a qualificação da prestação de serviços de Atenção Primária à Saúde em Mato Grosso.
O projeto apresenta resultados bastante significativos, particularmente em regiões onde vivem populações vulneráveis e em locais que enfrentavam dificuldades para fixar profissionais. “Destacamos que todos os médicos participantes do programa Mais Médicos cursam especialização em atenção básica, na modalidade de ensino à distância, tendo como produto um projeto de intervenção, que tem proporcionado interessantes experiências e melhorias para a localidade em que atuam”, disse por meio da assessoria de imprensa.