A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) acolheu pedido de Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo e concedeu medidas protetivas para ela e a neta recém-nascida que foi arrancada à força da barriga da mãe, a adolescente Emelly Beatriz Azevendo Sena, de 16 anos, num parto improvisado praticado pela assassina confessa, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos. Após o assassinato da menor, a criança foi entregue à avó que por sua vez relatou estar recebendo ligações e mensagens anônimas questionando como está a bebê.
Com isso, Ana Paula Azevedo solicitou as medidas. Ela não sabe quem são as pessoas responsáveis pelas mensagens. Uma delas diz o seguinte: "E aí, como está a bebê?". A decisão da magistrada determina restrições aos investigados no caso, que incluem manter distância de pelo menos 1.000 metros da avó e da criança. O descumprimento das medidas poderá resultar na decretação da prisão preventiva.
Em seu despacho, a magistrada afirmou ser "evidente a possibilidade de que tais fatos, ou até outros mais graves, possam ser cometidos".
Quaisquer outros tipos de contatos, tanto por mensagens ou or redes sociais também estão proibidos. Locais onde a avó e recém-nascida estiverem não poderão ser frequentados por familiares da assassina confessa que também foram investigados no inquérito insaturado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Tal mediva busca preservar a integridade física e psicológica de todos da avó e demais familiares que ainda estão muito abalados com o brutal assassinato da jovem Emelly Azevedo, registrado no dia 12 deste mês numa casa situada no bairro Jardim Florianápolis, região periférica de Cuiabá. A garota foi atraída ao local por Nataly Martins com a promeça de doar roupas e objetos para a filha que a adolescente esperava.
Embora Nataly Pereira continue presa, o irmão dela e dono da casa onde a menor foi morta e enterrada, Cícero Martins Pereira Júnior, de 24 anos, e o marido dela, o chefe de cozinha, Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, também foram investigados. Eles chegaram a ser detidos no dia da localização do corpo de Emelly enterrado no quintal, mas depois de ouvidos na Polícia Civil, foram liberados. Outro investigado no caso é o gerente de restaurante, Alédson Oliveira da Silva, de 33 anos. Com isso, as registrições se aplicam a todos eles.
O delegado Michel Mendes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), descartou a participação de outras pessoas no homicídio da adolescente grávida, pois segundo ele, todos os álibis apresentados pelos investigados confirmaram as versões apresentadas em depoimentos. No entanto, afirmou que foi aberta uma investigação complementar, que no prazo de 30 dias coletará dados de celulares e verificará as denúncias para descartar ou não a possível "participação moral" dos envolvidos no crime.
Ricardo
Sexta-Feira, 28 de Março de 2025, 18h42