Justiça libera contas de alvo do Gaeco, mas R$ 17 mil cai em conta de faccionado

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, determinou, novamente, a restituição de R$ 17 mil à Márcia Helena Lopes, suspeita de fazer parte da facção criminosa “Comando Vermelho”, alvo da operação “Red Money”. De acordo com uma decisão publicada nesta segunda-feira (4), o desbloqueio dos R$ 17 mil já tinha sido autorizado pelo Poder Judiciário, porém, os recursos foram depositados na conta do marido da suspeita, identificado como Sérgio de Oliveira Silva.

Além da restituição dos valores realizados na conta indevida, os autos revelam que o marido da suspeita também seria um faccionado do Comando Vermelho e, como a esposa, sofre um bloqueio bancário. “A requerente aduz que os bens em questão teriam sidos transferidos erroneamente para a conta de Sérgio de Oliveira Silva, cônjuge de Márcia, sendo que esta conta bancária estaria bloqueada por determinação deste Juízo, desde o ano de 2018”, revela o processo.

A juíza Ana Cristina Silva Mendes concordou com o pedido pela nova restituição. “Tendo em vista que restou comprovado o direito da requerente, em consonância com o parecer ministerial, determino a restituição do valor de R$ 17.006,12”, determinou a magistrada.

A operação “Red Money” foi deflagrada em 2018 pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e investiga uma célula do Comando Vermelho que teria movimentado R$ 52 milhões em Mato Grosso. Os fatos criminosos se referem à venda de drogas, tanto em Cuiabá e Várzea Grande, como também no interior do Estado (Rondonópolis, Primavera do Leste e Alto Araguaia), além da cobrança de mensalidade entre os integrantes da facção.

Cerca de 50 veículos foram apreendidos na operação. O Gaeco indiciou 113 pessoas. Cerca de R$ 8 milhões em bens foram sequestrados pela Justiça.