A juíza do Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá, Maria Rosi de Meira Borba, mandou prender o médico e advogado, Ruy Souza Gonçalves. Ele descumpriu medidas cautelares impostas pela justiça a pedido da diretora do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, P.D.N.. A decisão é da última quinta-feira (16).
Segundo informações da decisão, Ruy estava proibido de entrar em contato e de se aproximar a uma distância de menos de 1.000 m da diretora da unidade de saúde pública – tanto em sua residência quanto no local de trabalho. P.D.N., que é fisioterapeuta, teria sido vítima de injúria e ameaça pelo suspeito.
“Tenho que estão presentes os fundamentos da medida extrema consistentes na necessidade da garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal se mostram evidentes diante do descumprimento das medidas cautelares concedidas em favor da vítima, já que o querelado optou por descumpri-las, desafiando a ordem judicial, tendo tornado a importuná-la e ameaçá-la”, asseverou a magistrada.
Ainda de acordo com a juíza que determinou a prisão do médico, “esse cenário demonstra que a liberdade do querelado, neste momento, coloca em risco a integridade física e psíquica da vítima, de maneira que, na perspectiva da proteção dela, a custódia se torna imprescindível”.
No mês de fevereiro de 2023, Ruy foi demitido por insubordinação do Hospital Estadual Santa Casa, onde atuava como servidor temporário. O médico, entretanto, conseguiu reverter a decisão por meio de uma medida liminar. Ele chegou a tentar entrar na unidade, disfarçadamente.
Ruy Souza Gonçalves já se envolveu em outras polêmicas ao longo dos anos. Em 2015 ele atuava como médico da rede municipal de saúde de Cuiabá e foi demitido pelo então prefeito Mauro Mendes (União) por descumprir mais da metade de seu expediente de trabalho. Num período de um ano, em que o médico deveria trabalhar 311 dias, ele contabilizou 172 faltas.
Dois anos depois, em 2017, Ruy, que também é advogado, invadiu o gabinete de uma juíza do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para “tirar satisfação” de uma suposta ofensa da magistrada num processo em que ele atuava em causa própria. Ele acusou a julgadora de tê-lo chamado de "moleque".
O suspeito também já foi alvo de uma determinação dos desembargadores do TJMT para que a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB/MT) analisasse sua atuação como advogado, que em diversas ocasiões acusa os magistrados de Mato Grosso de “estelionato judicial”.
Veja ele disfarçado, tentando entrar na Santa Casa:
Carina Gouvea
Domingo, 19 de Novembro de 2023, 09h30Adao joao
Domingo, 19 de Novembro de 2023, 09h30JOSEH
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 23h24marco antonio
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 15h57Servidor
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 15h02Jesuino
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 14h31Enfermeira
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 13h18Marcos
Sábado, 18 de Novembro de 2023, 13h01