A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, negou o pedido de liberdade de Thiago Gomes de Souza, conhecido como “Baleia”, alvo da operação “Jumbo” da Polícia Federal. Ele seria o líder de um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas por meio de postos de combustíveis.
Em decisão em outubro, a juíza explicou que o pedido de liberdade deveria ser direcionado para um “incidente processual” - uma ação derivada de um processo “principal”, que é aberta por razões diversas, entre elas, para “agilizar” o desfecho de uma denúncia. “Quanto ao pedido da revogação da prisão preventiva, anoto que já foi deliberado em outras decisões proferidas nestes autos que as defesas deverão direcionar o pleito aos autos incidentais, a fim de evitar tumulto e prejuízo da marcha processual da presente ação penal”, analisou a magistrada.
Na decisão, a juíza também autorizou a participação, por videoconferência, de uma audiência presencial que ocorrerá no processo de Tahinara Aguilar Montano, mãe de uma criança lactante. O empresário de Roraima, Swamy Arce Rio Branco Maduro, que chegou a ser preso na operação “Jumbo”, em setembro de 2022, também será ouvido de forma virtual.
OPERAÇÃO JUMBO
A operação “Jumbo” foi deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2022 e prendeu oito pessoas - incluindo o suposto líder do grupo, Thiago Gomes de Souza, conhecido como “Baleia”, que se apresentava como empresário do ramo de postos de combustíveis.
Também foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, um deles contra a sua esposa, Franciely Vieira Botelho. Entre os bens que tiveram seu sequestro determinado judicialmente, estão o Posto Atalaia e o Posto Jumbo, ambos avaliados em R$ 5 milhões cada, além de uma mineradora localizada em Nossa Senhora do Livramento, na região metropolitana de Cuiabá, avaliada em R$ 6 milhões.
Também foram apreendidos diversos veículos, entre eles uma Range Rover de R$ 524 mil e uma Chevrolet Caravan SS, ano 1978. Caminhões e reboques, que pertenciam às empresas MCO Transportes Eireli e MC Log Transportes Eireli, também sofreram o sequestro judicial.
As organizações estão no nome do ex-gerente do Posto Jumbo, Johnny Luiz dos Santos e sua esposa, Mariella Caballero Olmero, e eram utilizadas pela organização criminosa para lavar o dinheiro oriundo dos lucros da venda de drogas.