Duas escolas de Rondonópolis, a 242 km de Cuiabá, estão superlotadas e, por isso, salas de aulas tiveram de ser improvisadas no laboratório da informática e na biblioteca para atender os alunos. O problema se estendeu porque na região só há essas duas unidades para atender a demanda. Além disso, seis novos bairros surgiram na região nos últimos tempos. Com isso, 2.700 famílias mudaram para o local e desse total 2.500 crianças estão em idade escolar.

Desde de fevereiro deste ano, a Promotoria de Justiça acompanha as duas escolas. Depois de um acordo, o estado iniciou a obra de ampliação. Serão mais cinco salas em cada uma das escolas. Porém, a obra começou com um atraso e deveria ser concluída antes do início do ano letivo. Por isso, o Ministério Público Estadual (MPE) acionou a Justiça para que outros espaços fossem alugados para funcionar como salas de aula.

Na Escola Estadual Carlos Pereira Barbosa, no Bairro Jardim Europa, por exemplo, uma sala de alfabetização foi improvisada na sala dos professores. De acordo com a diretora da escola, Patrícia Barbosa, essa foi a única alternativa que a direção encontrou para tentar minimizar o problema. "O espaço é apertado e inadequado, além de quente. Os alunos não podem usar as salas de vídeo, informática e biblioteca porque já estão sendo usadas por outros alunos", afirmou a diretora.

Já na Escola Estadual Elizabete de Freitas, no Bairro Jardim Atlântico, a situação é parecida. A aula de informática foi suspensa porque o espaço está sendo utilizado como sala de aula. No local, os computadores estão todos empilhados.

A estudante Adrielle Pereira reclama da situação. "A sala de computação era o único recurso que a gente tinha para pesquisar. Agora, até a biblioteca a gente perdeu também porque está sendo usada por outros alunos como sala de aula", lamentou a estudante.

A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informou que, ainda não foi notificada sobre a ação. Porém, disse que as obras de ampliação das salas de aulas devem ser entregues em julho deste ano.