O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, condenou Jonatan Venício Lemes Silva a 2 anos e 4 meses de prisão, além de 3 meses de detenção, por tentar subornar policiais militares durante uma abordagem na Capital no dia 1ª de fevereiro deste ano.
A condenação foi publicada na última quarta-feira (16). Segundo informações do processo, Jonatan Venício - um dos alvos da operação “Red Money”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra a facção criminosa Comando Vermelho (CV) -, voltava de uma festa na região do Manso quando foi abordado em seu veículo.
Na abordagem realizada no quilômetro 16 da Rodovia Emanuel Pinheiro, a MT-251 (Estrada de Chapada), na Capital, Jonatan tentou “despistar” os policiais militares fornecendo um nome e um CPF falsos. Os PMs insistiram, momento em que o suspeito apresentou o número correto do documento.
“Novamente os policiais militares solicitaram ao denunciado o nome e o CPF, para nova averiguação, ocasião em que Jonatan apresentou o CPF, os dados de Venício Lemes Silva foram confirmados e a foto cadastrada restou compatível com o denunciado”, diz trecho da denúncia.
Quando confirmaram a identidade de Jonatan, a PM constatou que ele possuía um mandado de prisão por roubo expedido pelo Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Se sentindo acuado, o suspeito ofereceu R$ 50 mil aos policiais para que pudesse “escapar do enquadro”.
O juiz Jean Garcia de Freitas apontou na sentença que as provas e depoimentos no processo desconstroem a defesa de Jonatan, que negou ter oferecido a propina. “Não há qualquer indício de má-fé, contradições ou elementos que infirmem a credibilidade dos referidos agentes, cuja palavra goza de presunção relativa de veracidade, especialmente quando não desmentida por outros elementos probatórios. Restou cabalmente demonstrado que o réu, ao ser abordado pela guarnição policial, apresentou nome falso com o claro intuito de evitar a sua prisão, em razão de mandado de prisão em aberto”, analisou o magistrado.
Jonatan ainda pode recorrer da sentença. Além da operação “Red Money”, o suspeito também já foi alvo de uma outra operação do Gaeco, do ano de 2012, que desbaratou uma quadrilha especializada em roubo a bancos em Mato Grosso.