Cidades Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 08h:43 | Atualizado:

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RELATÓRIO

"Literalmente apodrecida", PCE vira cenário de horrores em Cuiabá

No local, há risco iminente de mortes entre faccionados rivais

ALINE ALMEIDA
A Gazeta

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João Vieira   

Celas-PCE

 

Um cenário de horrores e desassistência geral da massa carcerária, com assistência material não conferida sequer minimamente pelo Estado. Risco iminente de mortes entre faccionados rivais. Uma unidade literalmente apodrecida. É assim que o maior presídio de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE), é descrita no relatório do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF), após inspeção realizada no mês de janeiro. 

O relatório aponta água imprópria para consumo humano, um sabonete dividido para cada 10 presos por mês, doentes sem atendimento adequado e uma série de agressões. Retrata ainda recorrentes maus-tratos, uso indiscriminado de armamento não letal, como apontam alguns reeducandos. Presos comendo em sacolas, por falta de pratos, e dormindo no chão, por falta de colchão. 

O cheiro fétido em toda a unidade prisional foi citado, agravado pela falta de itens de higiene insuficientes. Sabonetes, escova de dente e outros materiais são compartilhados. Outro ponto de atenção na inspeção foi a precária distribuição de colchões, a exemplo do Raio 7, todas as celas possuem presos dormindo sem colchão. 

"Há de se observar que esse cheiro, tão marcante nas unidades prisionais de todo o Brasil, havia desaparecido na PCE já há algum tempo, mas voltou de forma marcante. A unidade se mostra, literalmente, apodrecida", cita o documento. 

Um dos motivos para o cenário é que o kit de limpeza fornecido - uma água sanitária, um pacote de sabão em pó pequeno, um sabão de pedra e um detergente -, é distribuído de maneira irregular e insuficiente. São insuficientes para lavar roupas, pratos e espaços comuns, gerando sujeiras e, consequentemente, baratas. 

Já os kits de higiene compreendem uma escova de dente infantil, um sabonete, um creme dental e uma lâmina de barbear. Produtos citados de péssima qualidade pela fiscalização, além de número inferior ao de reeducandos. Num cenário de aproximadamente 3,1 mil homens, dividindo entre si aproximadamente 300 sabonetes por mês. A esdrúxula comparação visa apresentar a gravidade do cenário vivenciado na unidade. 

A fiscalização foi realizada no dia 20 de janeiro, pelo juiz corregedor prisional e coordenador do GMF, Geraldo Fidelis, o supervisor do GMF, desembargador Orlando Perri, e mais cinco juízes. Defensores públicos, advogados da OAB-MT, representantes do Conselho da Comunidade da Execução Penal e assessora técnica jurídica também acompanharam a vistoria.





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Comentários (7)

  • Cuiaba

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 13h34
  • Já passou da hora de demolir essa cadeia ; tirar esse povo do meio da cidade !!! Hein que construir uma cadeia no meio do mato....bem.longe da cidade!!!
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  • Bukelle

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 11h59
  • Tem que mandar essa trupe de inúteis do judiciário fazer estágio em El Salvador. Copiar o CECOT onde está confinados todos juntos, mais de 5 organizações criminosas. Bagunçou é cacete e uma semana sem comida. O brasil esta carente de homens de caráter, só tem bandidos nos postos chaves do poder.
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  • cidadao

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 11h56
  • isso é mentira, um kit desse nao custaria 15 reais por preso mes, dando menos de 50 mil mes de gasto pra secretaria, é obvio que a secretaria teria esse dinheiro e deve estar fornecendo, é um custo muito baixo pra resolver esse problema...se o estado quiser ele pode fornecer facilmente esses materiais, sao baratos...
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  • Pastor

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 11h18
  • Tá ótimo a estrutura da cadeia, tem que ser assim pra pior, essa corja de tranqueiras merecem isso aí. Se tivessem trabalhado honestamente como todo cidadão não estariam nessa situação, agora eu quero que se fodam.
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  • Luan arruda

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 11h04
  • Olha te afirmo com certeza. Se não tivessem cometido crimes não estariam presos. Simples assim
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  • robert et de niro

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 10h27
  • Ate a pouco tempo o sistema penitenciário de mato grosso era considerado o melhor do brasil, com elogios de ministros do STF, agora q fechou as cantinas, segundo relatórios de inspeção virou o pior do brasil. Muito estranho
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  • Fábio

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 09h47
  • Por isso é uma PENITENCIÁRIA. Se fosse colônia de férias seria um paraíso. Os caras matam, roubam, estupram, extorquem empresários que sofrem AVC. Aí vêm essas ONGs protetoras de bandidos pedir regalias. Eles já comem e bebem às nossas custas. Teriam que trabalhar pra bancar o custo de sua refeição e indenizar as vítimas.
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