Reporter MT
Internada há mais de uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a promotora de eventos Madona Arruda está se recuperando após ter sido diagnosticada com pneumonia bacteriana, uma doença respiratória aguda que provoca inflamação nos pulmões e nos brônquios, geralmente provocada por microorganismos, como vírus, bactéria ou fungo. No caso de Madona, a inalação de produtos tóxicos pode ter sido a causa. Se não tratada, a pneumonia bacteriana pode evoluir para um quadro de infecção generalizada, podendo resultar em morte. A doença foi causada pelo uso excessivo do cigarro eletrônico chamado de "vapers".
A doença se alastra muito rápido no pulmão, mas se tratada a tempo pode ser curada. Em vídeo divulgado pelo site Repórter MT, Madona alerta, principalmente os jovens, sobre a gravidade do caso, resultado do uso do cigarro eletrônico.
“Hoje eu já estou há uma semana internada e o primeiro dia que fiquei sem febre foi ontem. A gente acaba pegando essas ‘modinhas’ aí. E aqui em Cuiabá tem vários jovens internados, fora daqui também. É uma modinha que pode trazer um prejuízo grande”.
Popularmente conhecido entre os jovens como ‘vaper’, o euquipamento difere do cigarro comum, mas ambos têm como base a nicotina, que causa dependência. A diferença está na quantidade de nicotina contida em cada uma das duas formas.
Em entrevista ao site, o pneumologista Clóvis Botelho, que também é professor da UFMT, explicou essa diferença. “Em termos de dependência, o cigarro eletrônico é muito mais perigoso que o cigarro comum, porque a pessoa está inalando a nicotina praticamente pura e a quantidade de nicotina em cada tubete pode ser de 10mg a 20mg, geralmente. Mas, em alguns casos, pode chegar a 40mg. Já o cigarro comum normalmente tem em torno de um miligrama. Ou seja, a pessoa acaba inalando muito mais nicotina pelo cigarro eletrônico do que pelo cigarro comum”.
Segundo Clóvis, o Brasil vinha reduzindo seu número de fumantes, chegando a 10%. Contudo, a popularização do vaper mudou essa conquista. O produto foi inicialmente vendido para auxiliar no combate ao tabagismo, mas acabou atraindo os jovens, como símbolo de modernidade.
Ainda de acordo com o médico, engana-se quem pensa que apenas os jovens estão sendo afetados pelo uso dos ‘vapers’. “Os adeptos de maior idade também sofrem, porque quem tentava parar de fumar, tentou usar o cigarro eletrônico e acabou ficando dependente. Isso realmente acontece. Cientificamente falando, o cigarro eletrônico não serve para parar de fumar, muito pelo contrário, nós temos uma grande quantidade de pessoas que acabaram ou voltando para o cigarro tradicional ou ficaram dependentes do cigarro eletrônico”.
Substâncias como açúcares, corantes e flavorizantes, usados para melhorar o cheiro e o gosto da nicotina, ao entrar em contato com a mucosa respiratória, podem causar agressões severas. Além disso, há também estabilizadores e substâncias químicas que têm efeitos desconhecidos a longo prazo. “O que sabemos de antemão é que as doenças causadas pelo tabagismo clássico, estão acontecendo também no tabagismo eletrônico, e com menos tempo. São infartos, cânceres, todas as doenças recorrentes do cigarro estão chegando mais cedo em quem usa cigarro eletrônico”, alerta.
Alzite
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