Um mês após negociar com anestesistas da Coopanest-MT e se comprometer a regularizar a situação dos trabalhadores, o Pronto-Socorro de Cuiabá ainda não assinou contrato com a categoria, que presta serviço nesta situação desde agosto do ano passado. Em 28 de janeiro, a categoria paralisou os serviços para forçar o pagamento dos salários atrasados e regularização contratual.
A Cooperativa afirma que no dia 1º de março os anestesistas decidiram reduzir o número de profissionais que atendem no PS de 3 para 2 anestesistas por dia. A preocupação da Coopanest-MT é com a demora em regularizar o contrato e gerar novo problema relacionado a pagamento, como já foi registrado entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014.
Com a paralisação parcial do serviço de anestesista este ano, de janeiro a março, o PS teve que suspender mais de 150 cirurgias eletivas e o atendimento ficou voltado somente para urgência e emergência.
Os médicos atenderam em sistema de escala reduzida entre de 28 de janeiro a 8 de fevereiro. Segundo a Coopanest-MT, na época foram acertados os salários até dezembro e a Prefeitura de Cuiabá ainda precisa quitar as folhas de pagamento de janeiro e fevereiro de 2014. Cerca de 30 profissionais prestadores de serviço complementam o quadro de anestesistas do PS, que conta com cerca de 10 concursados.
A unidade é porta de entrada de pacientes vítimas de acidentes de trânsito, tentativas de homicídios, queimados, entre outras situações graves, que precisam da pre-sença do especialista.
OUTRO LADO
A diretoria do PS afirma que os médicos haviam ameaçado uma paralisação, mas entraram em acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já que existe o processo licitatório para a contratação de empresa. Garante ainda que atendimento na unidade de saúde não está comprometido e nenhuma cirurgia foi desmarcada.