Um suposto 'corpo estranho' teria sido encontrado dentro de um pacote de molho de tomate comprado por uma moradora de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. A mulher, que não quis ter a identidade divulgada, reportou o achado ao Procon do município, que confirmou a denúncia, na quinta-feira (25), e informou que levará as amostras para análise em laboratório.
A Vigilância Sanitária da cidade também acompanha o caso e deve se reunir com o Procon ainda nesta sexta-feira (26). A empresa Fugini, responsável pelo produto, foi procurada, mas não deu retorno até a última atualização desta reportagem.
A empresa chegou a ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de fabricar, comercializar e distribuir produtos, mas a decisão foi suspensa em abril. A Fugini também é investigada por suspeita de crime contra as relações de consumo pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
De acordo com a moradora, ela estava cozinhando em casa e tinha acabado de provar o tempero, quando foi pegar o molho de tomate. Nesse momento, percebeu que a abertura do pacote estava obstruída.
"Fui ver o que era, quando caiu um pedaço de tecido que parece de animal, mas saiu uma parte que parecia nitidamente um olho, muito parecido. Fiquei indignada e recolhi o material e congelei", contou.
Assustada com o achado, ela passou a gravar um vídeo e compartilhou nas redes sociais. De acordo com a Anvisa, em março deste ano, uma inspeção sanitária na fábrica de Monte Alto identificou falhas graves relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros.
O problema levou à suspensão da fabricação e comercialização de produtos da marca. A agência determinou ainda o recolhimento de lotes de maionese da Fugini.
À época, a Fugini admitiu o uso de corante vencido em maioneses, mas diz que percentual era pequeno. Já em abril, a Anvisa revogou a decisão e liberou a retomada dos trabalhos da empresa.
Outra polêmica envolvendo a marca ocorreu em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no início deste mês. Uma perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) feita em amostras de molho de tomate da Fugini detectou a presença de fungos e ovos de parasita no produto.
Simona disse ainda que toda denúncia deve ser feita para assegurar os direitos do consumidor e, também, dos riscos à saúde. "É muito importante o consumidor denunciar e ter o dinheiro de volta, mas também tirar de circulação um produto que coloque em risco a vida e a segurança dos consumidores", afirmou.
pedro mello
Sexta-Feira, 26 de Maio de 2023, 14h32Naldo Rosa
Sexta-Feira, 26 de Maio de 2023, 09h54