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Paralisação atinge 300 mil dependentes do transporte coletivo
A greve dos trabalhadores do transporte coletivo parece estar longe do fim em Cuiabá e Várzea Grande. Após uma tentativa fracassada de acordo na tarde de ontem, os motoristas decidiram radicalizar o movimento grevista e não retiraram os ônibus da garagem na manhã desta sexta-feira.
A greve geral desta sexta-feira foi confirmada pelo presidente do Sindicatos dos Motoristas do Transporte Coletivo, Ledevino Conceição. Segundo ele 100% da categoria decidiu não sair das garagens.
Segundo o sindicalista, nem mesmo a multa diária de R$ 30 mil por dia, imposta pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), caso 70% da frota não funcione nos horários de pico, impediu os motoristas de pararem. Ele disse que a decisão é única e exclusiva dos trabalhadores, e não ouve orientação do sindicato a paralisação geral.
A paralisação geral desta sexta-feira foi feita após os trabalhadores não aceitarem a proposta dos donos de empresas feita na tarde de ontem. Enquanto os patrões ofereceram 5,8% de aumento salarial, os motoristas reivindicam reajuste de 7,5%. Além disso, os trabalhadores pedem aumento das gratificações e do vale alimentação.
A greve interfere diretamente no cotidiano de 300 mil usuários do sistema de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande. Na manhã de hoje, os pontos e terminais estão lotados de trabalhadores e estudantes que dependem dos coletivos para locomoção.