Um ex-policial rodoviário federal (PRF), identificado como E.S.J., foi alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) por suposto envolvimento em um esquema de corrupção em Rondonópolis (220 km de Cuiabá). O caso, que foi relatado pelo procurador Celso de Albuquerque Silva, foi arquivado pela Justiça por falta de provas concretas.
A decisão foi disponibilizada no diário oficial do órgão nesta quarta-feira (19). “Ausência de indícios concretos acerca do objeto da apuração. Alegações não corroboradas por outros elementos de prova. Aplicação, por analogia, do enunciado nº 71 e da orientação nº 26 da 2ª CCR. Carência de justa causa. Voto pela homologação do arquivamento”, diz o despacho.
De acordo com a investigação, o ex-agente, que trabalhava no posto da PRF em Rondonópolis, teria recebido vantagens indevidas para permitir que caminhões carregados de madeira trafegassem sem a documentação ambiental e fiscal necessária. A suspeita era de que ele fazia parte de um esquema criminoso que operava desde 1998, em parceria com madeireiros da região, para facilitar o transporte de madeira ilegal.
A Procuradoria da República realizou várias diligências, incluindo a quebra de sigilo telefônico do investigado e a análise do patrimônio dele e de sua esposa. No entanto, não foram encontradas provas suficientes para comprovar as acusações. O ex-PRF já havia sido demitido da PRF em 2017 devido a outro processo administrativo disciplinar.
Diante disso, o procurador Celso de Albuquerque Silva que recomendou o arquivamento por falta de indícios concretos. O colegiado responsável pelo caso concordou, por unanimidade, com a decisão de arquivar o processo. “Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação do arquivamento, nos termos do voto do relator”.