Mato Grosso registrou a maior redução de casos de malária no país em 2025, conforme dados do Ministério da Saúde. Nos quatro primeiros meses do ano, os registros da doença caíram de 438 para 193, o que representa uma queda de 55,9%.
O resultado foi citado como exemplo de boas práticas pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o lançamento da Frente Parlamentar pela Eliminação da Malária (FPEMA), realizado na terça-feira (17), em Brasília. A iniciativa, segundo ele, tem como meta erradicar a doença em todo o país até 2035.
Segundo o ministro, as estratégias adotadas em Mato Grosso serão levadas a outras regiões prioritárias, especialmente na Amazônia Legal, onde está concentrada mais de 90% da incidência nacional da doença. O plano nacional de combate deve ser desenvolvido em duas fases.
Na primeira, até 2026, as ações vão focar em 16 municípios críticos, com intensificação da testagem em áreas remotas, distribuição de mosquiteiros e inseticidas, além de capacitação de profissionais da saúde.
Já a segunda etapa, prevista até 2030, pretende ampliar o programa para 32 cidades, com oficinas de planejamento e adoção de novas tecnologias, como o uso da tafenoquina — medicamento que já começou a ser distribuído em Mato Grosso.
Nos últimos dois anos, o governo federal destinou R$ 47 milhões ao combate da malária no país. Parte desses recursos foi aplicada no estado, que também recebeu novos equipamentos para diagnóstico, medicamentos fabricados no Brasil e o apoio de equipes técnicas do Ministério da Saúde.
As ações fazem parte do programa Brasil Saudável, que prevê a eliminação de 11 doenças até 2030 e conta com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).