Presa na Operação Cleópatra, da Polícia Civil, a empresária Taiza Tosatt Eleoterio Ratola, de 31 anos, acusou o ex-marido, o policial federal Ricardo Mancinelli, de ser o dono das armas de fogo que estavam em sua casa no momento de busca e apreensão no local. O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da comarca de Sinop, determinou uma investigação da Polícia Federal.
Taiza é empresária, é dona da DT Investimentos e apontada como líder do esquema criminoso e que se apresentava como especialista em investimentos. Ela usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, e articulada.
Autointitulada como 'musa', Tosatt foi presa no Aeroporto de Sinop na última quinta-feira (31). Ela estava junto do atual companheiro, Wander Aguilera, e o casal foi levado até a residência para que o mandado de busca e apreensão fosse cumprido.
No local, foram encontrados munições de arma de fogo, anabolizantes, jóias, celulares e cheques que somados chegam ao valor de R$ 419 mil. Consta no auto de prisão em flagrante que, ao ser questionada sobre a arma de fogo de calibre 357 e munições encontradas no quarto do casal, Taiza disse que era do esposo.
No entanto, ao chegar na sala, ela mudou sua versão e disse que seriam do ex-marido, o policial federal Ricardo Mancinelli, que assim como ela, o atual companheiro, e o médico Diego Rodrigues Flores, são investigados por crimes contra a economia popular, contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa por ter causado um prejuízo de quase R$ 2,5 milhões a dezenas de vítimas em Cuiabá. Na decisão que converteu a prisão dela e de Wander Aguilera, o juiz Mirko Vincenzo Giannotte determinou que a Polícia Federal (PF) verifique o registro da arma e das munições.
"Quanto às munições apreendidas: Considerando a localização de munições calibre .357 na residência dos custodiados e a necessidade de investigação sobre eventual arma correspondente, determino que se oficie à Polícia Federal para verificação de registros de arma em nome dos custodiados e do ex-cônjuge policial federal mencionado nos autos no prazo de 15 dias", decidiu.
Ricardo Lopes
Terça-Feira, 05 de Novembro de 2024, 08h00