A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que Viviane Cristina Kawamoto Pivetta não tem inscrição nos quadros da entidade, na condição de advogada. Ela era esposa do vice-governador Otaviano Pivetta (Sem partido) e está no epicentro de um escândalo de violência doméstica, em decorrência de supostas agressões sofridas no dia 7 de julho deste ano, quando o casal estava numa casa de praia na cidade de Itapema, litoral norte de Santa Catarina.

O posicionamento da OAB-MT, por meio de sua assessoria de imprensa, foi divulgado nesta quinta-feira (5) porque Viviane Cristina Kawamoto, de 37 anos, tem afirmado publicamente, em posicionamentos divulgados na imprensa, que é advogada e que estaria regularmente inscrita na Ordem. “Eu não me vendo. Eu prefiro ficar com a minha dignidade. Eu tenho filhos, eu falo 3 idiomas, sou advogada, não fico atrás de dinheiro”, disse Viviane em entrevistas a veículos de imprensa.

Quando se casou com Otaviano Pivetta em 3 de junho de 2019, ela usava o nome de solteira Viviane Cristina Pereira de Arruda Kawamoto. No documento registrado no Cartório Xavier de Matos, em Cuiabá, Viviane declarou que era “divorciada, advogada e natural de Rosário Oeste”.

No entanto, o nome dela não consta no Cadastro Nacional dos Advogados (CNA) de nenhum dos estados do Brasil. FOLHAMAX não encontrou nenhum processo assinado por Viviane na condição de advogada.

Nesse contexto, a nota da OAB esclarece que pelo menos na instituição de Mato Grosso ela não está registrada. “A assessoria de imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), em razão de informações veiculadas em diversos meios de comunicação informa que a Sr.ª Viviane Cristina Kawamoto Pivetta não é inscrita nos quadros da Ordem”,diz a nota divulgada pela OAB.

O CASO

Após enorme repercussão que o caso ganhou, com amplo destaque na imprensa de Mato Grosso e também em vários portais de noticias nacionais, tanto Viviane quanto Pivetta afirmam que o casamente chegou ao fim. Inicialmente, ambos negaram as supostas agressões de classificaram a situação registrada pela Polícia Militar de Itapema como uma “discussão de casal”, e que não teria interesse público.

Eles chegaram divulgar uma nota conjunta, na qual diziam que o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar de Santa Catarina “não condiz com o que realmente ocorreu”.  A nota informava que eles tinham o mesmo defensor, que por sua vez já estava atuando para arquivar o caso. Depois, Viviane gravou vídeos publicados em suas redes sociais negando que tivesse sido agredida.

Porém, em momento posterior ela usou suas redes sociais para denunciar que foi pressionada a gravar os vídeos negando as agressões. Nesse caso, ela voltou afirmar que foi sim agredida por Otaviano Pivetta e confirmou que o casamento acabou. A percussão nacional do caso mostrou que Otaviano Pivetta foi indiciado pela Polícia Civil de Itapema, pagou uma fiança de R$ 6,6 mil para responder em liberdade e que o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina.