A obra do viaduto da Beira Rio ainda está na fase da fundação e restam apenas 271 dias para que a mesma seja concluída, já que o prazo de entrega da obra do VLT é 31 de dezembro de 2014, conforme promete o governador Silval Barbosa (PMDB). Para cumprir o prazo, será necessário um esforço da engenharia civil ainda não visto dentro das obras do pacote do VLT.

Nenhum dos viadutos em construção ou os que foram entregues na totalidade ou parcialmente foram construídos com prazo inferior a um ano. Só para efeito comparativo, o elevado em frente à Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) levou um ano para ser concluído.

As obras do viaduto do Despraiado iniciaram no dia 29 de maio de 2012 e foram entregues em 18 de novembro de 2013. O complexo do Tijucal sequer foi entregue e começou em 30 de julho de 2012.

O viaduto da Dom Orlando Chaves, que não está dentro do pacote do VLT, começou as obras em 27 de setembro de 2012 e o prazo foi aditado e tem a previsão de inauguração para 20 de abril, com 570 dias de execução. O viaduto será na avenida Fernando Corrêa da Costa com a avenida Beira Rio, próximo à ponte sobre o rio Coxipó. Ao todo, serão 340 metros de comprimento.

O projeto é de um viaduto rodoferroviário e servirá para passagem do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT) e demais veículos. Sob o viaduto também será construída uma nova rotatória, para acesso à avenida Beira Rio.Conforme a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), estão feitas as escavações e arrasamento de estacas para construção dos blocos e dos pilares estão em andamento, dando início às atividades da mesoestrutura para depois executar a superestrutura.

A evolução da obra está condicionada à liberação de área para ampliar a frente de serviço, esbarrando no processo de desapropriação que ainda não está definido, além do progresso da construção de duas pontes sobre o rio Coxipó.

O engenheiro civil e professor do curso na Universidade Federal de Mato Grosso, Luiz Miranda, explica que depois da fase da fundação é necessário colocar os blocos de fundação, pilares, lançar as vigas, a laje, o guarda corpo e depois os trilhos. “Pelo tempo que foi gasto para fazer o viaduto da UFMT, a Mário Andreazza, MT-040, acho muito difícil que fique pronto neste ano.Tem que ter dinheiro, mão de obra e material e pelo que vejo não acredito na execução de toda obra em menos de 1 ano”.

Em junho de 2013, o Consórcio VLT iniciou as atividades para construção das pontes sobre o rio Coxipó, por onde passará o VLT e o tráfego de veículos. Elas terão aproximadamente 280 metros de extensão.

Serão construídas ainda duas novas pontes nas laterais das já existentes, que após a conclusão, terá o trânsito conduzido para elas. As pontes velhas serão demolidas para o encabeçamento do futuro viaduto.

As pontes são executadas ao mesmo tempo, conforme a área liberada para o con-sórcio VLT. Considerando as 2 pontes, de 22 pilares, 6 já foram executados. 

PONTE DE FERRO

Um dos problemas que o Consórcio VLT vai enfrentar é a com a derrubada da histó-rica Ponte de Ferro do Coxipó. Concluída em 1896, ela foi desativada em 1984, com a construção da atual ponte de concreto e após a enchente em 1995, ficou abandonada no rio Coxipó. Somente em 2006 foi proposto um projeto para revitalizá-la.

O governo de Mato Grosso gastou R$ 400 mil e a reinaugurou, para uso de pedestres, em 2009. Agora, a obra pode sair do local para dar espaço ao VLT.