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A espera por um ônibus em Cuiabá e Várzea Grande está cada vez maior e os 250 mil usuários do transporte coletivo das duas cidades perdem, em média, entre 40 e 50 minutos por cada trecho que precisam percorrer. A situação reflete em desgaste e aborrecimento para passageiros e motoristas, que veem como os principais problemas que ocasionam a demora os buracos nas ruas, desvios provocados pelas obras da Copa e o congestionamento nas duas cidades.
As informações constam em um levantamento realizado pelas empresas União Transportes, Integração Transportes e Pantanal Transportes, que estimam ainda um aumento nos custos operacionais, como maior gasto com combustível e insumos, desgaste dos veículos e custeio com as manutenções cada vez mais frequentes. Para os cidadãos, as demoras representam perda de tempo útil, cansaço e descontentamento.
Gerente geral da Integração, Ricardo Lopes Teixeira explica que são vários os obstáculos enfrentados diariamente pelos motoristas que sofrem com os desvios realizados por conta das obras da Copa, buracos que estão por toda cidade, o que resulta em veículos quebrados e engarrafamentos. Aponta que o conjunto de fatores faz com que a velocidade média desenvolvida seja de aproximadamente 18 km/h e o percurso que era feito em 120 minutos, agora é realizado em 190 minutos, quando não há nenhum imprevisto. “Todos são penalizados. O usuário fica desestimulado para fazer a viagem, o gasto com combustível aumentou 8% em decorrência do aumento do percurso ocasionado pelos desvios e o gasto com manutenção subiu 20%. Os motoristas vivem estressados em meio a tanta dificuldade. Tem situações que eles chegam a ficar 3 horas dentro do carro, sem beber água ou poder ir ao banheiro”.
Embora a linha 609 seja a que mais atrasa, o relatório da empresa demonstra ainda que outros 19 itinerários apresentam o mesmo problema e enfrentam as mesmas dificuldades, com agravamento para as linhas 610 e 40.