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Usuários do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande tiveram dificuldades para transitar de ônibus pelas cidades neste domingo (18). Os trabalhadores realizam uma paralisação durante o dia para discutir estratégias para a greve que será deflagrada na próxima terça-feira (20). De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETTCR), Ledevino da Conceição, o serviço será suspenso entre 15h e 18h, porém os usuários relataram atrasos e falta de coletivos desde o início da manhã.
A paralisação coincide com o jogo na Arena Pantanal entre Santos e Atlético Mineiro que acontece nesta tarde, Ledevino garante que a reunião com os trabalhadores não foi de “caso pensado”. “Nós precisamos organizar o movimento e definir o comando de greve. E na nossa
avaliação, o domingo é o melhor dia para isso”. Diante da situação, a prefeitura pensou em um plano B e já contratou uma empresa de transportes para levar os torcedores até o estádio.
Conceição argumenta que o domingo é um dia de menos fluxo de trânsito na cidade, pois a maioria dos trabalhadores está de folga e os estudantes não precisam pegar ônibus para escola. Perguntado se a paralisação não prejudicaria muitos torcedores que vão assistir ao jogo, Ledevino acredita que não. “Normalmente quem vai para o Estádio não pega ônibus, é quem tem dinheiro. Então, o pessoal costuma ir de táxi mesmo”.
Durante as 3 horas de paralisação a categoria irá parar 100% da frota de ônibus. As reuniões vão acontecer nas garagens das empresas, e servirão para definir a estratégia do movimento, bem como montar o comando de greve. Os trabalhadores decidiram pela greve em assembleia geral que ocorreu na sexta-feira (16).
A greve acontecerá porque o sindicato e as empresas de ônibus não entraram em acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. O sindicato pede reajuste de 7,15%. Já as empresas oferecem um aumento de 4,65%. Atualmente o piso de um motorista é de R$ 1.680 e dos cobradores é de R$ 1.037. A categoria ainda reivindica a implantação do kit alimentação, no valor de R$ 400. Ledevino disse que na terça-feira, quando a greve começa, a frota irá operar com a capacidade de 30% na Capital e em Várzea Grande.