O delegado Especializado na Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes de Cuiabá, Clayton Queiroz Moura, opinou pelo arquivamento de um inquérito contra o advogado Alex Sandro Rodrigues Cardoso. Ele foi denunciado pela ex-muher de abusar da filha do casal com apenas três anos.
Em relatório assinado no último dia 4 de outubro, o delegado apontou que o inquérito deixou de considerar “relações pessoais entre os genitores da criança (...), que parecem ser conflituosas, nem representações oferecidas junto a outros órgãos e instituições”. A criança teria relatado a uma psicóloga o suposto abuso, mas no laudo de corpo delito concluiu-se que "não houve vestígios de conjunção carnal".
O pedido de arquivamento revela uma série de depoimentos de pessoas próximas ao ex-casal – ex-babás, vizinhos do apartamento onde a garota mora com a mãe etc -, que afirmam que nunca testemunharam comportamentos agressivos do advogado em relação à filha.
“Feitas essas considerações e verificados o laudo de exame de corpo delito, escuta especializada e depoimentos juntados, não foram encontrados elementos verossímeis mínimos para concluir de modo plausível que o Sr. Alex Cardoso tenha praticado quaisquer atos glosados sob o ângulo penal em desfavor de sua filha pelo qual não indicio”, opinou o delegado.
Alex Sandro chegou a realizar uma representação na Corregedoria da PJC e também no Ministério Público do Estado (MPMT), contra dois delegados do órgão, Jorzilete Crivelleto e Clay Celestino Batista. Segundo ele, houve um trâmite “fraudulento e irregular” do inquérito que apura o suposto abuso, que classificou como “falsa denúncia”.
Sobre o assunto, o delegado não adentrou ao mérito, já que o caso deve ser investigado por outra delegacia. O pedido de não indiciamento de Alex ainda será analisado pelo Ministério Público e pela Justiça.
Cuiabano
Quinta-Feira, 20 de Outubro de 2022, 09h02inacio
Quinta-Feira, 20 de Outubro de 2022, 08h18Naldo Rosa
Quinta-Feira, 20 de Outubro de 2022, 07h58