Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 17h:10 | Atualizado:
OPERAÇÃO SIMULACRUM
Modus operandis em todas as situações foram semelhantes, mudando apenas os nomes dos policiais participantes da trama
Investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) apontam que os integrantes do suposto grupo de extermínio que agia dentro da Polícia Militar de Mato Grosso, alvo da operação “Simulacrum”, possuíam tarefas “específicas”. Enquanto alguns PMs se dedicavam à tarefa de planejar a “logística” dos homicídios, outros levavam a cabo as execuções.
A informação consta do mandado de prisão de 63 policiais militares dos quais o FOLHAMAX teve acesso. Em um deles, de acordo com a ordem de prisão autorizada pela juíza em substituição da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira no dia 25 de março de 2022, os soldados PMs Marcos Antônio da Cruz Santos, Ícaro Nathan Santos Ferreira, Jairo Papa da Silva, além dos cabos PMs Heron Teixeira Pena Vieira, Jonathan Carvalho De Santana, tinham o papel de “organizar” as execuções.
“Eram os responsáveis em gerir e planejar os homicídios, preparando a logística, o modus operandi para a concretização das execuções das vítimas”, diz trecho dos autos.
Já os soldados Victor Augusto Carvalho Martins, Wesley Silva de Oliveira, Genivaldo Aires da Cruz, os sargentos Diogo Fernandes da Conceição, Antônio Vieira de Abreu Filho, o sub-tenente Altamiro Lopes da Silva, e o tenente PM Thiago Satiro Albino – este último, com extensa lista de denúncias de tortura contra suspeitos -, “eram os responsáveis pela execução dos crimes de homicídios anteriormente arquitetados”.
Uma das vítimas dos policiais citados seria Mayk Sanches Sabino, morto pela Rotam em Cuiabá no ano de 2020 após quatro policiais militares terem realizado uma emboscada numa Ford Ranger Branca. Na ocasião, outros PMs teriam “saído do mato” para executar o crime. Mayk Sanches Sabino tinha passagens por roubo a banco. “Além dos militares que estavam no carro branco outros militares saíram do meio do mato atirando, cuja intenção era matar todos que ali estavam”, diz outro trecho dos autos.
No mandado de prisão, a PJC se queixa de que o alto comando da PM no estado não vem colaborando com as investigações, que estaria tentando “proteger” os policiais que fariam parte do grupo. “Os representantes afirmam que a polícia judiciária está tendo dificuldade na obtenção de informações cruciais para o esclarecimento dos fatos, devido à postura apresentada pelo comando da Polícia Militar, com negativas de cunho protelatório, visando proteger os representados”, revela o mandado de prisão.
Outras cinco emboscadas - que resultaram na morte de outras 23 pessoas em supostos confrontos - foram realizadas nos mesmos modus operandis. Apenas os nomes dos militares mudam.
OPERAÇÃO SIMULACRUM
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual deflagraram na última quinta-feira (31) a “Operação Simulacrum” para cumprimento de 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares investigados por homicídios. Também são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares diversas. As ordens judiciais foram decretadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.
Conforme o MPMT e a Polícia Civil, o grupo de militares é investigado pela morte de 24 pessoas, com evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas, sobreviventes.
A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos “confrontos” ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande.
De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de pseudos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los. Após atraí-los a locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, eram sumariamente executados, sob o falso fundamento de um confronto.
Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há farto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados. As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões. Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados encontravam-se lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1. O detalhamento dos fatos será apresentado ao final das diligências e conclusão da investigação.
No âmbito do Ministério Público, o trabalho está sendo realizado pelos promotores de Justiça que atuam no Núcleo de Defesa da Vida. Pela Polícia Civil, as investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.
Bandido bom é bandido morto
Segunda-Feira, 04 de Abril de 2022, 09h30rachadinha
Domingo, 03 de Abril de 2022, 11h54nunex
Sábado, 02 de Abril de 2022, 10h13Carlos
Sábado, 02 de Abril de 2022, 08h38Gilson
Sábado, 02 de Abril de 2022, 02h00SENSATO
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 20h12Bruno
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 19h19Renato Rosa Fortes
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 19h03Eu mesmo
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 18h56Raul
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 18h49Marcos Justos
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 18h45Mateus de Souza Santos
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 18h23GONÇALO
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 17h50Virgulino
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 17h42Orlando Antunes
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 17h38Revoltado
Sexta-Feira, 01 de Abril de 2022, 17h33