Os professores da rede municipal de ensino de Várzea Grande se recusaram a votar na manhã de hoje a proposta apresentada pela prefeitura para por fim ao movimento grevista que se iniciou no dia 17 de fevereiro. De acordo com presidente do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público), Gilmar Soares Ferreira, a prefeitura apresentou propostas diferentes do que foi acordado em reunião na última semana que foi mediada pelo Tribunal de Justiça.
A categoria reclama de três pontos essenciais reivindicados que não foram colocados na proposta. Diante disso, ele espera que a prefeitura reapresente uma nova proposta antes de ser colocada em pauta. “Se a prefeitura não apresentou o termo de administração acordado com a Justiça, não dá pra colocar em votação se não existe segurança de que será cumprido”, assinalou o sindicalista.
Segundo Gilmar, a prefeitura não apresentou as alterações na minuta do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) da categoria. “Esta é nossa principal reivindicação e não fomos atendidos”, destacou Gilmar Ferreira.
Outro ponto diz respeito a data-base para o reajuste salarial. A prefeitura não indicou o mês que ocorrerá, enquanto a categoria exige que seja cumprido no mês de janeiro de cada ano.
O último ponto que os professores reclamam é sobre o calendário de pagamento dos reajustes do ano de 2013, de 7,92%, e de 2014, de 8,14%. “A categoria hoje recebe abaixo do piso nacional e não podemos concordar com isso”, assinalou.
Até o momento, o secretário de Educação, Jonas Sebastião da Silva, não se pronunciou sobre a manutenção da greve dos professores. Desde que foi feita a reunião no Tribunal de Justiça, ele afirmou que espera que os professores voltem às salas de aula.
GREVE
Os professores de Várzea Grande estão em greve desde o dia 17 de fevereiro. A Justiça declarou o movimento ilegal, porém eles decidiram não ceder e mantiveram a paralisação.
Na última semana, uma mediação feita pelo poder Judiciário indicou que um acordo estava próximo. Todavia, a divergência na proposta afastou ainda mais os professores do retorno as aulas. Com a greve, cerca de 23 mil alunos estão sem aulas na segunda maior cidade do Estado.
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