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Após 40 dias em greve, os professores da rede municipal de Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, decidiram voltar ao trabalho nesta semana. Porém, como nesta segunda-feira (5), em comemoração ao Dia de Rondon, as aulas só serão ministradas a partir desta terça-feira (6). A categoria paralisou as atividades para reivindicar a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e a instituição de um novo piso salarial.
As reivindicações foram atendidas pela prefeitura do município, de acordo com a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Claudinete Magalhães da Silva. "Nós ficamos quatro anos sem reajuste e depois quando o novo prefeito assumiu houve aumento de R$ 803 para R$ 886, mas foi muito pouco", afirmou. Após a greve, o piso que era de R$ 886 subiu para R$ 1,1 mil. Mas a intenção é aprovar um piso previsto pelo Ministério da Educação (MEC), de mais de R$ 1,6 mil.
"No mês que vem, teremos uma reunião com a prefeitura para rever a arrecadação do município e a possibilidade de se chegar a R$ 1,2 mil e ainda discutir a possibilidade de pagar o piso do MEC", explicou a presidente da subsede do Sintep.
Durante a greve, mais de 500 alunos ficaram sem aula. O conteúdo previsto para ser ministrado durante o período de paralisação deve ser reposto de acordo com um calendário a ser definido por cada escola. Ao todo, 17 unidades ficaram sem aula nesses 40 dias.
Apesar da Justiça ter determinado aos professores que retornassem a atividade na semana passada, a presidente do sindicato afirmou que a categoria já tinha decidido pôr fim à greve após assembleia que discutiu a proposta apresentada pelo município. "Independentemente da decisão já tínhamos decidido voltar ao trabalho nesta semana", pontuou Claudinete.