Cidades Quinta-Feira, 15 de Maio de 2014, 18h:21 | Atualizado:

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CRISE NA CASERNA

Reunião termina sem avanços e militares devem fazer "greve"

Governo do Estado promete estudar impacto financeiro para decidir se atende proposta

RAFAEL COSTA
Da Redação

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A  reunião do governador Silval Barbosa (PMDB) com representantes da Associação dos Policiais Militares terminou com impasse envolvendo o Executivo e a categoria. Isso porque os policiais militares seguem irredutíveis em relação à aprovação de um novo plano de carreira para entrar em vigor ainda este ano e não descartam até mesmo o aquartelamento que seria a diminuição de efetivo de policiais militares nas ruas.

O major da polícia militar, Wanderson Nunes de Siqueira, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiro de Mato Grosso, afirmou que está consciente dos efeitos de uma medida mais radical.

“Está aí o exemplo de Pernambuco que decidiu cruzar os braços para reivindicar melhorias salariais. Nós vamos utilizar todos os meios legais para ter nossas reivindicações atendidas que é a aprovação da tabela salarial”, disse. 

A greve da Polícia Militar é considerada inconstitucional, uma vez que, a segurança pública é um serviço essencial fornecido pelo Estado ao cidadão. Além disso, a paralisação é considerada crime militar e pode até mesmo acarretar na expulsão dos grevistas por indisciplina. “Nós sabemos disso e mesmo assim vamos lutar pelos nossos direitos”, afirmou Wanderson Siqueira. 

Questionado se a Polícia Militar entraria em greve a partir da Copa do Mundo que começa daqui a 28 dias, o major Wanderson Siqueira preferiu não avaliar essa possibilidade. “Nós estamos preocupados com a segurança pública e não com a Copa do Mundo”. 

Por outro lado, o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, pregou discurso de otimismo após a conversa com a categoria dos militares. “Ficou decidido que teremos na próxima semana uma reunião com a equipe técnica para verificar o impacto financeiro da proposta apresentada. A partir daí, teremos novos desdobramentos”, revelou.

Nadaf afirmou ainda que o Estado tem a preocupação de garantir segurança total ao cidadão mato-grossense e aos turistas que desembarcarão em Cuiabá para assistir partidas da Copa do Mundo. “Nós receberemos o reforço de 250 policiais vindos da Força Nacional para ampliar o efetivo e o governo do Estado vai trabalhar até o último minuto para garantir o equilíbrio desta relação com os militares”, afirmou. 

Em maio deste ano, houve impacto de R$ 23 milhões na folha de pagamento do Estado em decorrência de um plano de carreira aprovado pela Assembleia Legislativa aos militares. O grande impasse nas negociações desta quinta-feira (15) é a possibilidade de concessão do reajuste. 

O Estado alega que não pode conceder reajuste salarial por imposição da legislação eleitoral que proíbe pagamento aos servidores públicos nos 3 meses anterior às eleições. No entanto, os cabos e soldados sustentam a versão de que se trata de um novo plano de carreira e não reajuste, o que é possível conforme entendimento do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Os militares reivindicam 40% de reajuste com a primeira parcela de 10% sendo depositada no mês de julho. As demais parcelas serão pagas em dezembro e nos meses de maio e outubro de 2015.

Na próxima semana, equipes da Secretaria de Planejamento, Secretaria de Administração, Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e AGE (Auditoria Geral do Estado) estarão reunidos com os militares para avaliar o impacto financeiro da proposta reivindicada pela categoria.





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