O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, considera que será difícil manter medidas de biossegurança nas academias, caso elas voltem a funcionar na capital. O governador Mauro Mendes (DEM) classificou os empreendimentos e os salões de beleza como serviços essenciais no Estado.
No entanto, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ainda não se manifestou se deve permitir ou não a reabertura desses empreendimentos, sendo que foi feito uma consulta ao juiz José Luiz Leite Lindote. “O prefeito não disse o que ele pensa em relação a isso ainda, mas eu particularmente lamento muito porque tem muita academia que não vai abrir mais, infelizmente. Agora, eu acredito que não são serviços essenciais. O salão de beleza, pode ter toda a biossegurança utilizando alguns critérios. E a academia? Como vai higienizar um equipamento ou limpar o suor? É muito difícil garantir a biossegurança em um ambiente desse”, opinou o secretário em entrevista à Rádio Nativa 95 FM nesta quarta-feira (22).
Em Cuiabá e Várzea Grande, esses serviços estão proibidos de funcionar pela decisão do juiz José Luiz Lindote, que decretou quarentena obrigatória nas duas cidades. A decisão tem validade até esta quinta-feira (23) e pode ser prorrogada.
A imposição determinou também o fechamento do comércio não essencial nos dois municipios mais populosos do Estado para conter o avanço do novo coronavírus. Possas, no entanto, defendeu que o setor comercial não é o maior fator de transmissão do novo coronavírus.
Mas as aglomerações que acontecem nos bairros da capital. “Não é o comércio com biossegurança que vai fazer os casos crescerem. O problema está nas periferias, nos bares, nas vendas de bebidas. As pessoas não respeitam o distanciamento social e o uso da máscara. Eu creio que o Poder Judiciário vai considerar isso porque tem muitas empresas quebrando”, comentou.
Durante a entrevista, Possas revelou ainda que das 40 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que foram inauguradas na última semana pela prefeitura de Cuiabá, somente 22 estão ocupadas. No mesmo contexto, o chefe da Saúde apontou que estudos preliminares indicam que os casos devem começar a cair à partir do próximo mês.
Apesar disso, ele enfatizou que é preciso manter cautela. “O número de infectados diminuiu um pouco da semana passada para cá. Os técnicos querem crer que isso é um início de platô e a partir de agosto já começa a cair. Até lá, a gente tem que continuar no isolamento social e continuar cada um fazendo seu dever de casa”, comentou.
Emerson Botelho
Quinta-Feira, 23 de Julho de 2020, 16h55Emerson Botelho
Quinta-Feira, 23 de Julho de 2020, 16h55Contribuinte
Quinta-Feira, 23 de Julho de 2020, 16h29Bruce Wayne cuiabano
Quinta-Feira, 23 de Julho de 2020, 16h22