Cidades Quinta-Feira, 22 de Maio de 2014, 09h:43 | Atualizado:

Quinta-Feira, 22 de Maio de 2014, 09h:43 | Atualizado:

Notícia

Servidores estão trabalhando com medo no Adauto Botelho

 

DC

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

Por causa da falta de medicamentos para pacientes internados na Unidade III do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá, localizada a poucos metros do Detran, os funcionários estão trabalhando com medo. 

Essa unidade assiste exclusivamente homens dependentes químicos (maiores de 18 anos), usuários de álcool e drogas internados por vontade própria ou determinação judicial. 

Para boa parte deles, o tratamento hospitalar faz parte da pena aplicada por envolvimento em crimes como agressão à mulher, mãe e outros membros da família. 

Um funcionário, que prefere não ser identificado, revelou que o clima na unidade é instável. Conforme ele, o temor maior é que pacientes entrem em surto e agridam alguém. “Ficar dando jeitinho, trocando os remédios, usando aqueles que não são os mais indicados, pode fazer o paciente voltar a apresentar os transtornos que motivaram sua internação”, clamou. 

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Alzita Ormond, acompanhada da advogada da entidade, Ana Lucia Ricarte, já esteve reunida com os funcionários para tratar dessa questão. 

Além de medicamentos, conforme Alzira Ormond, faltam matérias de arte terapia, o que faz com que os pacientes fiquem mais tempo ociosos e ainda mais alterados, o que coloca em risco a vida de outros pacientes e dos servidores que ali trabalham. 

De com a presidente do Sisma, um dossiê contendo as informações sobre a situação crítica que se verifica há anos na Saúde, incluindo no chamado Complexo Adauto Botelho (internações e atendimento ambulatorial em psiquiatria) o Hemocentro e o MT-Laboratório foi encaminhada à Secretaria de Saúde(SES) e ao Ministério Público Estadual. 

Para ela, o caos está instalado na Saúde de Mato Grosso, tanto pela burocracia das licitações como pela falta de vontade política. Ela disse que levaria, mais uma vez, as queixas e reivindicações dos serviços na expectativa de ser ouvida pelo novo gestor do setor. O atual secretário, Jorge Lafetá, está no cargo há menos de seis meses. 

O coordenador da Unidade III, o fisioterapeuta Helder Barbosa, disse que a preocupação dos funcionários e comum às unidades de assistência psiquiátrica do Complexo Adauto Botelho. Entretanto, assegura, não está havendo prejuízo ao tratamento porque os medicamentos estão sendo substituídos por outros com o mesmo princípio ativo. 

Helder destacou que se essa situação estivesse colocando os servidores em perigo seria o primeiro a protestar. Afinal, observa, compartilha o mesmo ambiente de trabalho. 

Já a assessoria da SES informou que está em andamento um processo de compra emergencial (por tomada de preços, sem licitação). O procedimento estaria concluindo a etapa de registro de preços, da qual passaria para a aquisição, mas não há como precisa a data em que os medicamentos chegarão às unidades.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet